Um dia que dava um filme, ou razões pelas quais me chamam Jones
Resolvi fazer um jantar na Costa. Com o calor que estava, achei óptima ideia dar uso ao enorme terraço com vista de mar. Marquei para Sábado. Claro que tive de ir sair na sexta e, à conta de uma sangria maravilhosa que agora descobri, fiquei num estado lastimável. Pior: no Sábado acordei às 9h da matina e já não dormi mais. E estava totalmente ressacada (nem me lembro muito bem o que fiz na sexta...).
Bem, o meu pai ia para a praia e deixou-me em casa (na Costa) por volta do meio dia. Ainda tentei dormir, mas qual quê, não consegui. Lá para as 17h resolvo começar a fazer o jantar. Vou ligar a bilha do fogão e aquela merda fez um "psssssss" que me pareceu suspeito. Voltei a fechar a bilha, mas ficou um cheiro a gás que não se podia. Voltei a mexer na coisinha mas, a páginas tantas, já não sabia se estava a abrir ou fechar ou o que raio se estava a passar. E cheirava IMENSO a gás.
Resolvi chamar ajuda (ok, confesso que ainda liguei para o 112...). Fui chamar o senhor da mercearia, que assim como assim, é ele que vende as bilhas do gás, e me conhece desde que nasci. Começo a falar com ele e ele fica a olhar para mim com um ar para lá de estranho e quando fala, não diz coisa com coisa - falava de fruta e mirtilos e essas cenas... Já achava eu que estava a delirar e que o gás me tinha mesmo feito mal, quando a mulher do senhor da mercearia surge dos confins do estabelecimento, a dizer que o marido sofre de Alzheimer. A senhora lá teve pena de mim e veio comigo e arranjou a cena toda do gás. Abençoada!
Bem, com esta aventura, fiquei atrasada, pelo que vá de arrumar o terraço. Com estava um calor imenso, tirei a saia e fiquei de top e cuecas a dar uma de faxineira (não, não façam filmes: o topo não era muito curto, e temos imensas plantas no terraço...). De repente, quando dou por mim, tenho quatro velhos no prédio em frente prestes a terem uma síncope com o meu deboche. Com uma mão à frente e outra atrás (literalmente!!!) corri para dentro de casa.
Ora com tanta agitação, comecei a ficar enjoada e com tonturas. Achei que era do gás. Quase que fiz o testamento. Achando que morrer era uma questão de minutos, fui tomar um duche de água gelada. Foi quando senti os primeiros pingos na cabeça que me lembrei que ainda não tinha comido NADA o dia inteiro. É que com a ressaca, ainda só me tinha passado na boca água e leite. Lá comi e preparei o jantar.
Enfim, valeu a pena. O jantar foi bem engraçado (não volto a jogar ao lobo mau tão cedo, porque sou sempre a primeira a morrer...) e ainda fomos ao Pé Nu, onde além de me porem um carimbo na mão que não há meio de sair, não me lembro muito bem do que se passou. Tipo lembro-me de chatear o porteiro e de convencer a fila da casa de banho dos homens a deixarem a minha amiga Sara passar-lhes à frente (consegui!). Lembro-me que fui molhar os pés também...
Enfim, como calculam, ontem mais não fiz do que vegetar...
3 Comments:
Com este calor, só mesmo de tanga (embora seja tanga que a use)! És uma privilegiada por teres terraço e admiradores, Joana! Um grande bem-haja para ti.
Tubarão
11:51 da manhã
Terraço sim, admiradores menos, porque os velhos olhavam para mim como o diabo para a cruz (ou melhor, como Deus para o tridente...).
11:57 da manhã
Seria a altura ideal para fazer algum comentário maldoso ou atrevido mas...vou-me deixar ficar mesmo pelas entrelinhas!
T.
10:03 da manhã
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