Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

terça-feira, outubro 11, 2005

História que explica porque não gosto que me chamem pequenina...

Fui, até aos 5 anos, filha única. Como tal, super mimada e protegida. Quando, um dia depois de fazer três anos, comecei a ir à escola, os meus pais recearam que fizesse todas as fitas do costume. Assim, a medo, levaram-me a ver o colégio. Mostraram-me o recreio, o refeitório - "olha as cadeiras pequeninas, Joana, para meninos como tu" - as casas de banho - "olha, Joana, tudo pequenino, para meninos como tu". Na sala da minha classe, fiquei encantada com uma casinha de bonecas. E fui brincar com os outros meninos. Os meus pais ficaram ali, com medo que eu chorasse se eles se fossem embora. A minha mãe continha as lágrimas a custo enquanto a educadora os tranquilizava e mandava embora. De repente, levantei os olhos dos mini tachos e panelas com os quais me entretinha (a minha costela de fada do lar...) e vi os meus pais.

Peguei-lhes na mão, levei-os à porta e expliquei, ligeiramente chateada:

- Saiam, isto é só para meninos pequeninos, como eu.

 
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