Balanço
É mais um ano que se acaba. Mais um. E já lá vão 25. Todos os anos cresço (envelheço) um pouco mais. Todos os anos aprendo coisas novas. Conheço pessoas novas.
Posso dizer que 2005 foi um ano de transição. Acabei o curso e comecei a trabalhar. Passei para o tão temido "mundo dos crescidos". Quem me conhece sabe que sou avessa a mudanças, a grandes transformações. Passei o primeiro trimestre do ano em stress e deprimida, preocupada. No fundo, no fundo, eu sei que é insegurança. Tenho sempre medo de não ser capaz, de não estar à altura dos novos desafios. Mas, acima de tudo, sou uma gaja com sorte. E as coisas acabam por me irem correndo bem.
Começar a trabalhar colocou-me alguns problemas. Menos tempo livre significa escolher bem as pessoas com quem se passa esse tempo. Escolher as pessoas que são verdadeiramente importantes. Não é fácil. Nunca fui muito objectiva com as minhas emoções e sentimentos e fui obrigada a ser. Ainda tenho muitas agulhas para acertar, mas descobri que no campo emocional não há ciências exactas, nem soluções definitivas.
Por isso mesmo, um dos grandes feitos de 2005 foi o acabar do Mito. O fim da muleta emocional que me afastava de todo e qualquer tipo de sentimento. Acabaram-se as desculpas, os refúgios utópicos. Fiquei mais vulnerável, mais consciente das brechas na minha armadura. Mas fiquei mais livre. Com a liberdade vem também o problema da escolha e a escolha implica saber o que queremos - saber o que quero é talvez o grande desafio para 2006.
Pela primeira vez em muito tempo, tive um ano que não foi mau. Também não foi óptimo, mas, em comparação com os anteriores, já foi um grande avanço.
Houve muita confusão - mais ainda do que é costume. Houve desilusões - há sempre. Chorei - menos que em anos anteriores e algumas vezes de felicidade (soa a piroso, mas é verdade). E, sobretudo, ri-me. Muito. Até das minhas desgraças.
Por fim, não posso deixar de dizer que este foi o quinto ano em que (sobre)vivi sem Ela.
3 Comments:
Tem um fantástico 2006.
4:49 da tarde
só para dizer, já em 2006, que adorei o nosso início de ano e aquele abraço a três na varanda. da minha parte assumo sem complexo: é mais que amizade, é amor!!
e quanto aos últimos 5 anos acho que Ela só pode estar muito orgulhosa de ti, Mulherona com M Maiúsculo.
*ucha*
3:10 da tarde
:D n pude deixar de me comover... porque te entendo.
és uma grande mulher joaninha!
11:22 da tarde
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