Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

quinta-feira, abril 06, 2006

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Hoje, no Marquês de Pombal, fui agredida por um senhor com, pelo menos, idade para ser meu Avô. Eu falava ao telefone e ele ia murmurando qualquer coisa que não percebi. Quando passa por mim, manda-me um murro - um murrito de menina, diga-se, que se há coisa que o meu pai me ensinou foi a usar os punhos como deve ser, de preferência nas fossas nasais dos que me aborrecem (nunca pus os ensinamentos em prática, claro...). Enfim, enquanto eu, indignada, explicava à minha interlocutora o que se tinha passado, o velho segue alegremente o seu percurso sempre praguejanto contra a minha pessoa.

Incomoda-me estas coisas dos loucos e maluquinhos. Fico sempre a achar que eles viram a minha alma demoníaca - na mesma lógica de pensamento que me leva a crer que sou adorada por crianças e animais porque eles vêem mesmo a alma das pessoas e vêem logo que sou excepcionalmente boa e não me largam (a sério, é um karma... Com as crianças ok, visto eu ADORAR bebés, mas a cena dos animais, se pensarem que tenho medo de todo o ser irracional capaz d se locomover...).

A primeira vez que fui abordada por um velhote, assim, de forma inesperada, tinha dez anos e subia a Domingos Serqueira a caminho de casa. Íamos quatro miúdas. Pois que o velho se aproxima de mim, por trás, agarra-me no pescoço e pespega-me um beijo peganhento no mesmo. Gritei (tenho ideia de que guinchei, mesmo) e corri para casa onde, literalmente, tomei banho em álcool.

Até hoje, não gosto muito que me toquem no pescoço. Bem, enfim, espero não ficar com uma nódoa negra no braço - se bem que o murro foi mesmo de menina...

 
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