Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Hans Christian Andersen

Comemora-se este ano o bi-centenário do seu nascimento. Quem nunca se deliciou com as suas histórias perdeu o que de melhor a infância tem. Este escritor é mais um dos laços que me une à minha Avó paterna. Lembro-me de ela me ler as histórias com a sua voz rouca e alta, o seu timbre forte e doce. Sempre gostei muito do "Soldadinho de Chumbo". Sempre fui dada a dramas românticos. Muito antes de chorar baba e ranho com o Heathcliff e a Cathy da Emile Brontë, já me comovia com o triste fim do pequeno soldado e da bailarina. Há algo de mágico e real que se mistura na escrita do dinamarquês.

Quando a minha Avó achou que já era muito crescida para que me lessem histórias (nunca somos), ofereceu-me um livro do Adolfo Simões Müller chamado "O contador de histórias". Nesse livro, não só nos conta a história de Hans Christian Andersen, como nos deixa alguns dos seus contos. E assim descobri que a "Pequena Sereia" não fica com o príncipe e morre por não ser correspondida, e chorei com a "Vendedora de fósforos".

E descobri que a magia que me embalava na infância pode embalar-me para toda a vida. Mesmo sem o "...e foram felizes para sempre..."

 
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