Coisas dos Tempos...
Este post é em resposta a este. Podia ter escrito lá (que raio, aquele blog também á meu....), mas assim mato dois coelhos de uma só cajadada, actualizo este e respondo àquele. É que o tempo agora escasseia. E todo e cada minuto tem de ser hiper-aproveitado (ai saudades de uma tarde no sofá...).
Também me lembro do que achava que a minha vida iria ser aos 25. Achava que ia ser adulta, responsável e que iria ter a vida resolvida. Embora esteja ainda a uns seis meses da data, isto de os meus amigos serem todos "mais velhos", tem muito que se lhe diga...
Pois é, dou comigo nesta idade sem côr, tipo terra de ninguém, sem nome. É uma fase recente, produto dos tempos em que vivemos. No tempo dos nossos pais esta era a idade de casar e ter filhos, de trabalhar e produzir (e, mal ou bem, foi aquilo que os nossos pais nos passaram como sendo suposto...), e já nem falo do tempo dos nossos avós...
E aqui estamos nós. Recém formados, ainda lutamos pelo primeiro emprego a sério. As casas estão caras e o crédito para a habitação também. No fundo, somos ainda adolescentes (basta ver as roupas, a música que ouvimos, o gosto pela noite), mas somos também adultos (já temos o cuidado de ir de táxi, em vez de guiarmos shóbriosh, êuxtouótimapalevarocarr...). Temos vontade de muita coisa. Temos também muitos sonhos. Mas provámos já um pouco da amargura que existe na realidade. Sonhamos mas tentamos não sonhar, para não nos desiludirmos. Ao mesmo tempo, temos saudades da ingenuidade com que viamos as coisas há uns anos atrás.
Acima de tudo procuramos encontrar o nosso eu, sem perder aquilo que somos. Queremos estar bem na nossa vida adulta, mas encontrar no espelho o adolescente que éramos. No meio desta confusão, sabe vem ver quem muda. sem mudar. Quem nos surpreende a cada dia pela constância, quando tudo o resto muda a uma velocidade alucinante. É isso que sinto quando olho para a Inês. Claro que a vida deu muitas voltas. Sei que a realidade de hoje não corresponde ao teu sonho de então. Mas tens a força de não mudar. E, acima de tudo,não nunca deixaste de sonhar... E devias estar muito orgulhosa por, aos 25 anos, seres já um exemplo (imagina aos 50!!!!).
2 Comments:
como te compreendo. há um ano, uma amigo meu liga-me para espanha e estamos há cinco minutos ao telefone quando, pela enésima vez, lhe pergunto "então e novidades?...". a resposta foi inesperada: "nada de especial. vou ser pai daqui a uns meses".
passo a explicar. o filipe é um daqueles amigos de há décadas que nunca se distinguiu de nós por algum género de maturidade precoce ou desejo de assentar arraias antes da idade. quanto mais terum filho!
mas a verdade é que o puto, o rafael, ja tem um ano, o filipe vive com o filho e a esposa, tem um emprego bem pago, uma mulher que lhe prepara o jantar e arranja tempo para terem um jantar especial à sexta, que geralmente se prolonga com um teatro, um concerto ou algo assim.
só que o filipe tem a minha idade. e eu tenho 22 anos. quando tomamos café, aquilo tudo é um bocado esquisito. tipo o homem e o puto. eu acabei o curso, só vou estagiar daqui a 4 meses, passo os dias sem fazer nenhum, saio até às horas que me apetece, uso os cartões dos pais depois do dia 18 de cada mês...
é estranho pensar que há cinco anos a vida era só uma promessa e que responsabilidades ainda não existiam. bom... para mim ainda não existem. para o bem e para o mal.
ps: quando tiver uma vida, não faço comentários tão grandes aos teus posts. até lá, vais aturar-me.
5:42 da tarde
kraca...isso que escreveste sou eu...mas aquele ali, mais o outro...xiça penico que a miuda tá lá....é que é mesmo isso!
Tb conconrdo com a Ucha, mas essa analogia de pilares e postes é que jnão está muito bem contada!...lllllollll!
adoro vcs garotas!
6:18 da tarde
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