Anátema do Calor
Como uma maldição. Que me entorpece, me tolda o pensamento e a realidade. Passo a viver num limbo que nada é. A realidade perde os contornos físicos que a torna objecto. Eu perco o dom de ser sujeito. Entro na terra de nada e ninguém, a vida torna-se o sonho, as noites de insónia. Paro no tempo e no espaço, movo-me, existo numa realidade paralela, alheia a tudo e a todos. É um sentimento de agonia e liberdade. De alheamento e euforia. Um nada e um todo que me condensam, me moldam em mim.
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