Vejo a casa e o jardim. Vejo as caras amorosas à mesa, já com os pequenos pijamas vestidos. Oiço a chuva que cai lá fora e sinto o calor da minha cozinha. O chão de tijoleira arrefece-me os pés descalços enquanto cozinho para eles. Vejo os anos que passam e as árvores que crescem e o meu cabelo, sempre desgrenhado, transforma-se numa massa prateada.
Oiço-os brincar e correm para o meu colo. Sinto o cheiro doce da pele que também é minha, quando mergulho o nariz nos seus pescoços e os oiço rir com cócegas. Sinto os seus pés pequenos no chão de madeira, tentando em vão não me acordar, nas manhãs de Domingo. Oiço zangas, gritos e risos, muitos risos.
Neste instinto que é animal e que o sonho verte na realidade encontro um espaço onde sou feliz.
1 Comments:
Também tenho sonhos desses...ou recordações...ou desejos...mas depois volto a embrenhar-me no trabalho, com renovada dedicação...Isto de se ser crescido é cá uma seca!!!
3:08 da tarde
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