Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

terça-feira, março 01, 2005

Uma casa que ficou diferente. Mas não é diferente. Conserva dentro das suas paredes os risos, as palavras de outros tempos. Carrega o cheiro de uma época que já não volta. Os móveis agora são outros. Diferentes. O significado esse é o mesmo. Sente-se o Mar tão perto. Ouvem-se as ondas revoltas ao longe. Vê-se, tão nítida, a linha do horizonte. Para lá dela, o infinito.

Atrás da porta as marcas. Mostram-me que cresci, como e quando. Cada etapa tem uma história. Cada Verão um sabor. Tem luz esta casa. Tem paredes de vozes silenciadas e um tecto de gente que se ama. É o rosto imberbe de uma família. Um silêncio feito de estórias contadas...

 
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