Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

sexta-feira, julho 08, 2005

Adeus Wanderlei

Era filho único e talvez por isso um pouco mimado. Um jovem inconsciente, mas batalhador. Sózinho, fez muitas vezes o serviço que atribuiam a um batalhão. Era um dos bons. Claro que, com alguma regularidade, diga-se em abono da verdade (que eu nunca fui apologista de idolatrar os que já não estão entre nós), perdeu-se no grande vácuo em que vivia. Mas regressou sempre a tempo de me dar apoio nos momentos mais difíceis. Se algum dia convenci o Mundo de que detinha uma grande colónia de neurónios, a ele tudo devo. Era um individualista, claro. Mas sempre se fascinou por aqueles que viviam em comunidade. Por causa dele sempre me aproximei dos mais inteligentes. Acho que ele também sempre quis a sua companhia. Nunca lhe pude dar um irmão. Mais por incapacidade do que por falta de vontade.

Perdoa-me, Wanderlei.

Hoje às 18h41m o Wanderlei expirou pela última vez, as próximas horas vão ser difíceis. Para mim e para os que de mim se aproximarem. Não consigo pensar no futuro.

Requiem ao meu neurónio.

 
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