Dear Diary
Há muitos anos que tenho o hábito de manter diários. Começou quase quando aprendi a escrever. Os primeiros tinham mesmo aquele formato para lá de piroso do "querido diário" e lá desabafava uma torrente de inutilidades que na altura eram muito importantes e que agora não lembraria não fosse terem ficado registadas.
Gosto, de vez em quando, de folhear esses escritos antigos. Este fim de semana, revi alguns deles. É engraçado. Amigos que julgavamos que iam durar para sempre e que ficaram pelo caminho. Pessoas que nunca seriam nossas amigas e hoje são essenciais. Tantas vezes jurei morrer de amor para no dia seguinte ressuscitar. Tantas promessas e juras que ficaram por cumprir.
Enquanto revivo acontecimentos há tanto silenciados, aprendo que o tempo é relativo e efémero. Que o que me torna triste hoje, amanhã será esquecido. Que o que é não será mais. E ao mesmo tempo aprendo a apreciar o que se mantém imutável, eterno, para lá do tempo.
Então, volto a mim, volto a ser eu.
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