O calor envolve-me com braços letargicos que me adormecem os membros. Escuto sem ouvir uma canção de antigamente que um dia me embalou. Olho sem ver uma tela desbotada, um retrato do que foi a minha vida. O calor, sempre o calor. O calor que com a sua voz grave me recorda tempos idos, outras Estações. O calor que me lembra a eternidade do sal que adoça o mar. É nesta fronteira cálida que me encontro. Que me perco. Que me afasto dos deveres que me cercam e me levam o equilibrio. É aqui que paro. É aqui que respiro. Verão, quanta paz numa palavra. Verão que se faz anunciar com este calor, mas que tarda em chegar.
quinta-feira, maio 27, 2004
Previous Posts
- Às vezes basta um pormenor. Um pequeno gesto, um a...
- O relógio olha para mim de novo com um ar desconfi...
- Há muito tempo que não escrevo. Não porque nada me...
- Há sonhos que parecem reais. Estão de tal forma im...
- "Amar-se a si mesmo, é o início de um romance para...
- Segunda-feira. Por definição o dia mais neurótico ...
Blogs Preferidos
- 1 Modesto Igloo
- A Invenção de Morel
- Backdoor to My House
- O Blog da Balta
- Aspirina B
- Bons Ventos
- Bora Lá MarÃlia
- Celofane
- Chá PrÃncipe
- Cláusula Ãnica
- Estado Civil
- Fastio
- O Fim dos Estagiários
- Frangos para Fora
- From Lisbon With Love
- From Tokyo With Love
- Intranacional
- Madame Butterfly
- No Sofá Laranja
- Os Leões de Tolstoi
- Palmier
- Para lá do Mundo
- Pastiche de Camarão
- Quase Famosos
- Radionovela
- Respublica
- Samouco ao Rubro
- Sexta Coluna
- Spooky's Cave
- Sussurros de Lullaby
- The End of The Affair
- A Toca do Senhor Raposo
- Três Pastelinhos
- Tubarão!!!
- Vidro Duplo
- Wild Child of an International Gipsy
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home