Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

quinta-feira, maio 27, 2004

O calor envolve-me com braços letargicos que me adormecem os membros. Escuto sem ouvir uma canção de antigamente que um dia me embalou. Olho sem ver uma tela desbotada, um retrato do que foi a minha vida. O calor, sempre o calor. O calor que com a sua voz grave me recorda tempos idos, outras Estações. O calor que me lembra a eternidade do sal que adoça o mar. É nesta fronteira cálida que me encontro. Que me perco. Que me afasto dos deveres que me cercam e me levam o equilibrio. É aqui que paro. É aqui que respiro. Verão, quanta paz numa palavra. Verão que se faz anunciar com este calor, mas que tarda em chegar.

 
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