Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

terça-feira, junho 14, 2005

Quando morre um Homem...

... assim, raro. De ideais que apaixonam, de uma vontade férrea. De coragem. De uma coragem doce porque verdadeira e fria porque implacável. Há pormenores, detalhes, apaixonantes. O todo comove-me. Uma Vida feita de paixão, de ideais. De juras cumpridas e amores traídos. Um Homem assim é como o vento do Mar que nos beija o rosto e o deixa doce de sal.

Gosto daquela certeza absoluta do que é certo, mesmo que não seja. Da história da tese sobre o aborto apresentada a Marcello Caetano. A irreverência e a pureza deste acto.

Vão contar um dia que este Homem viveu o que quis, o que todos deveriamos querer: a liberdade.

Gostava de ser assim: tão livre e sem amarras. Feliz.

Por isso choro a morte de Álvaro Cunhal.

 
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