Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

segunda-feira, novembro 28, 2005

Torta

É verdade que sou um pouco torta. Mais do que deixo adivinhar no meu aparente bom humor. Quando me magoam (a sério) remeto-me a um silêncio distante, quase cordial. Depois vem a censura. Censuram-me pelo silêncio, pela distância. E os gritos tornam-se um ruído absurdo vazio de palavras. E nunca, nunca, me perguntam o que se passa. Eu também nunca respondo. E depois dói e para não doer mais uso aquilo em que sou melhor. Ponho uma carapaça de indiferença que se insinua e cresce até se tornar real. E então fica o nada, o vazio. E fico surda, indiferente aos gritos até que as vozes se calam. E continuo, aparentemente imune, mas conscientemente mais só.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não sei porquê, lembrei-me de uma entrevista do vocalista dos Him (que tive de traduzir). Do monte de lugares-comuns que debitou salvou-se este, que adapto a esta situação - a ver um pouco com o teu texto e com a blogosfera - "é como viver numa casa de espelhos".
Também opto pela indiferença, também remoo e mastigo a dor. No final, ficamos sem saber para onde a cuspir...

8:35 da tarde

 

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