Ontem fez anos a minha tia. Na festa, estive com o filho de uma amiga dela. Um miúdo amoroso, de quem sempre gostei bastante, desde pequeno - ainda me lembro de andar de patins em linha com o miúdo ao colo. Agora que chegou à adolescência e tem, à vontade, mais uns bons 30 cm que eu, o miúdo começa a lidar com um mundo deveras estúpido.
Acontece que o Kiko além de giro é óptimo aluno. E hoje tinha ponto de Fisico-Química. E claro, os abutres da turma, não deixavam de o importunar, via SMS, com perguntas chatas que acabavam, invariavelmente com um "deixas-me copiar?". As meninas em particular, todas dengosas, a mandar charminho...
Ora o Kiko é um doce. E lá me explicou que a rede de copianço já estava toda montada e que era chato, assim de véspera, preterir alguns a favor de uma miúda. Foi quando chamei a mim a tarefa de lhe incutir alguma malícia.
Também eu no Liceu era relativemente boa aluna. Também eu tinha boa vontade para com os menos espertos e/ou mais preguiçosos. Mas, caramba, para mim que até hoje só de pensar em copiar fico nervosa, imaginem nesses tempos ficar nervosa, para os outros copiarem...
E mais, para mim não me trouxe nenhum proveito. Os meus amigos não precisavam de copiar e sempre fui relativemente tida por simpática. Pelo que, julgo, um pouco de
teen trash só vai ajudar o Kiko...
