Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

segunda-feira, maio 30, 2005

Arrisquei...

Aqui (279, 280, 333).

quarta-feira, maio 25, 2005

Já só penso...

...em dormir na praia, ao sol...

A Rolha

Há objectos dos quais não me consigo separar. Não pelo seu valor real mas pela carga simbólica que contêm. São a prova de uma história, de um momento. São os despojos de um tempo apagado, esquecido. Em peridos cíclicos reencontro estes objectos, raramente os procuro. Remeto-os frequentemente para o fundo escuro de uma gaveta, fecho-os numa caixa. Deixo-os longe da vista.

Um desses objectos é uma rolha.

Foi há muito tempo, noutro Tempo. Numa noite igual a todas as noites de sexta-feira de então. Chegou-me às mãos por alguém que tinha activamente contribuido para esvaziar a garrafa que a rolha tapara. Que me pegou na mão e me mostrou a janela do quarto onde dormia. Que me disse que guardasse aquela rolha para sempre. E eu guardei...

Muitas vezes me quis livrar da rolha. Fazia sentido. O Tempo mudara. Pensei queima-la numa espécie de ritual que mercasse o fim. Mas a rolha foi sobrevivendo a todas as crises. Quis esquecê-la, fingir que nunca existira. Mas, quando a sua história ameaçava passar a linha do esquecimento, surgia de novo. A sua superficie áspera molda-se aos meus dedos, tatua-me aquela história. É como se apenas pela sua existência eu pudesse provar de novo o sabor daqueles tempos.

Durante anos (e quase me doi pensar em anos), achei que guardava a rolha por causa dele, por causa da história. Mas agora guardo-a e estimo-a porque representa um pedaço de mim, do que fui, do que sou para lá do Tempo.

PS - A Razão do Post: acho que estou prestes a iniciar o mesmo tipo de ritual com uma caneta...

segunda-feira, maio 23, 2005

Land of Dreams

Awake, awake, my little boy!
Thou wast thy mother's only joy;
Why dost thou weep in thy gentle sleep?
Awake! thy father does thee keep.

(...)

Dear child, I also by pleasant streams
Have wander'd all night in the Land of Dreams;
But tho' calm and warm the waters wide,
I could not get to the other side.

(...)

William Blake

La Vie en Rose

Construimos a nossa vida em torno de certas crenças. Agimos (ou tentamos agir) em conformidade com aquilo em que acreditamos. Acreditamos em pessoas, em valores, em pressupostos. Vivemos a vida através de umas lentes formatadas aos sabor do nosso crescimento. Eu esforço-me por acreditar no que as minhas lentes me contam. Preciso de acreditar. Ou então nada faz sentido.

Mas os mitos caem. As lentes partem-se. No instante de um segundo tudo para e a realidade é-me imposta tal como é. A verdade é sempre mais vasta que uma crença. Sem as lentes, a minha vida não é mais do que uma sombra do que devia, de facto ser. Uma farsa. Obscura, feia, cruel.

Tento agora parar. Pensar. Ver. Dar nomes ao que se passou nos últimos tempos. Nos últimos anos. Olhar de frente para o sol. Quero recomeçar. Quero voltar a acreditar.

Que a minha vida é pintada com as cores que eu escolho...

quinta-feira, maio 19, 2005

Mutatis Mutandi

Tudo muda. Mesmo quando a mudança é muda aos nossos olhos e o seu troar invisível. Súbtil. Um olhar diferente. Uma expressão que nunca ouvimos. Um geito de estar. O diagnóstico é difícil. Sabemos que os outros mudaram quando nós mudamos. E nessa altura parece que só nós mudámos de facto. O tempo é como um manto invisível que nos cega, mas que deixa marcas. Compenetramo-nos na passagem das horas, do tempo que perdemos e alheamo-nos das marcas da mudança. É como se com a ânsia de apanhar o vento, ignorássemos as dunas que se formam. Até que para lá do tempo que passa surge alguém. Uma voz. Esse timbre familiar. Igual. Mas as palavras, o gesto, são diferentes. E quando descobrimos que na diferença não há barreiras, sabemos que também mudámos.

Anjo da Guarda

Um dia contaram-me que os sonhos são mensagens dos anjos da guarda. Acho que o meu é um sádico esquizofrénico...

A História Repete-se

Perco sempre para gente sem sal. São sempre as apagadinhas que me passam à frente. Meio saloinhas e com ar esforçado de boas meninas. Sonsas. CSKA.

terça-feira, maio 17, 2005

Uma Questão de Identidade

Nunca sei o que sentir quando me dizem "estás cada vez mais igual à tua Mãe".

Então esforço-me por não sentir nada...

Indefinição

Se para me definir em termos políticos, usasse linguagem sexual, teria de assumir que sou uma "hetero-bicha"...

Ora obrigadinha...

Fiz este teste. Obtive este resultado...

"Vous vous situez tantôt à droite, tantôt à gauche selon les thèmes abordés.Aucun parti ne correspond exactement à vos opinions."

segunda-feira, maio 16, 2005

Desafio Existencial

Conhecer o Mundo e ser feliz por cá.

Uma Questão de Tamanho

Se eu tivesse mais de 1,50 m, não me punha num pedestal.

Erro Tipográfico

A primeira carta que recebo, onde no destinatário ousam tratar-me por Exma Sra Dra, vem em nome de "Jona"...

É azar...

quarta-feira, maio 11, 2005

A natureza das coisas....

Às vezes pergunto-me porquê. Gostava de dizer que seria feliz à beira mar. Gostava de dizer que a simplicidade da vida me cativa. Gostava de dizer que sou assim, simples. Gostava de saber ser assim.

Não sei se leio de mais, se oiço de mais, se conheço de mais. Mas sei que sou mais do que toda a simplicidade que queria ser. Sei que não posso mudar. Mas gostava...

Pode-se dizer que "é da minha natureza"...

segunda-feira, maio 09, 2005

Homo Sapiens

Encontrar alguém que pensa como nós. Ou que pensou. Mesmo que esse alguém esteja morto há dezenas de anos. Saber que os meus sonhos estavam escritos antes de eu os sonhar. Que enchem páginas de cadernos já bafientos, que outros diários testemunharam o mesmo que o meu. Este é o sentimento que me faz sentir que pertenço a uma raça.

Há dias em que me sinto só no mundo em que vivo, como que dominada por uma loucura que me exclui, que me deixa reduzida a um espaço branco de um vácuo infinito. Não se trata de solidão física. Mas uma verdadeira solidão de alma. Como se de repente falasse uma língua só minha, alheia a todos os outros. Como se gritasse e ninguém me ouvisse. Como se o que faço, o que vivo, apenas fizesse sentido para outros e eu agisse, mecânica, fria.

Mas volta e meia, encontro um eco desse meu mundo. Um chamado distante. Uma página de um livro há muito esquecido, abandonado, sob o peso das suas palavras. É um encontro de almas. Um cordão umbilical que me liga à espécie humana. Que dá sentido ao absurdo dos meus dias...

quinta-feira, maio 05, 2005

O emprego

Ok, os sensores do wc não me vêem a menos que me arme em bailarina, mas agora à 5ª temos um acordo com a doca do espanhol para caracois, bjecas e...... kaipiroskas!!!!!

São as hormonas, Senhor II

... e não é que ele toca.....



baixo!!!!

 
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