Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Penumbra

Há qualquer coisa de gótico em enfrentar uma inesperada manhã de sol.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Eufemismo

Eu até acho q as trintonas são mais sexys e giras e espertas do que as desmioladas das “vintonas” q são umas malucas que n têm savoir faire nenhum…

De um mail

Basta uma fazer 26 anos, para todas ficarmos mais perto dos 30...

Reach out and touch faith

Eu preferia esta...

Apropriado

Your Stripper Song Is

I'm a Slave 4 U by Britney Spears

"I'm a slave for you. I cannot hold it; I cannot control it.
I'm a slave for you. I won't deny it; I'm not trying to hide it."

You may seem shy, but you can let your wild side out when you want to!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Tag

Four jobs I've had:

1. Explicadora
2. Jornalista
3. Account numa agência de design e publicidade
4. RP e Assessoria de Imprensa

Four movies I can watch over and over:

1. Um marido ideal
2. Elizabeth
3. Before Sunrise
4. Singing in The Rain

Four places I've lived:

1. Campo de Ourique
2. Campo de Ourique
3. Campo de Ourique
4. Campo de Ourique

Four TV shows I love:

1. Friends
2. Seinfeld
3. Pride and Prejudice
4.

Four places I've vacationed:

1. Tunisia
2. Marrocos
3. Secília
4. Espanha+França numa frenética caça ao eclipse

Four of my favorite dishes:

1. Gelatina de Morango
2. Fondue
3. Bacalhau à Lagareiro
4. Iogurte de Maçã e Canela da Go Natural

Four sites I visit daily:

1. Accuweather
2. Freestats
3. DN
4. People.com

Four places I would rather be right now:

1. Taormina
2. Nova Zelândia
3. Num spa em Bali
4. Na ilha da Páscoa

Four bloggers I am tagging:

1. Sara
2. Inês
3. Tubarão
4. André

Profecia

Da primeira vez que me disseram que tinha os olhos tristes eu era absolutamente feliz.

All Truth

Um dia, um instante, disse que queria mudar. Sentia-me presa a asfixiar. Estava a ser conduzida para uma profissão, um estilo de vida, que me assustava pela monotonia, pelas palavras, pela pose. Assustava-me um mundo que não queria meu, mas que havia procurado. Nesse dia, nesse instante fui honesta comigo mesma. E tive coragem para gritar a minha vontade ao mundo.

No dia em que saí do curso de direito senti-me livre de novo. E fui. Mesmo que pelo caminho tenha perdido algumas coisas (pessoas?) importantes. Mas nesse dia estava feliz. Caminhava para longe daquele modus vivendi. Queria mais do que o curso, o trabalho. Queria viajar, ser do mundo, conhecer e tocar coisas (pessoas?) novas. Queria mais do que aquilo que tinham sonhado para mim.

E hoje acordo e neste dia, neste instante, sei que tenho a vida de que fugi. E só penso em fugir dela outra vez...

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

E não é o Felipe...

Em Espanha, temos candidato a Rei.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Claro, só podia...

You Are Miss Piggy

A total princess and diva, you're totally in charge - even if people don't know it.
You want to be loved, adored, and worshiped. And you won't settle for anything less.
You're going to be a total star, and you won't let any of the "little people" get in your way.
Just remember, piggy, never eat more than you can lift!

Este blog hoje acordou assim...


Mais um post à la Charlotte, mas verídico.

R.E.M.

people say that your dreams are the only things that save ya.
come on baby in our dreams, we can live our misbehaviour.
everytime you close your eyes lies, lies!

Resumo da noite passada.

Consequências

É verdade que decido tudo em cima da hora - aliás, só consigo tomar decisões quando não tenho de pensar sobre elas. Mas, por estranho que possa parecer, tenho uma postura muito analítica em relação a tudo o que faço. Sobretudo nas relações com os outros. É costume ter comportamentos dos quais nem me apercebo e fico, não raras vezes, chateada quando me chamam a atenção. Mas não é menos verdade que raramente tais críticas me passam ao lado. Muitas vezes fico magoada comigo mesma. Sobretudo se os meus actos influem nas relações entre terceiros. Sou, por norma, impulsiva. E por isso compreendo perfeitamente quem age de cabeça quente.

O que não entendo, nunca o vou entender, é a capacidade de certas pessoas fazerem certas coisas a frio. Conscientes das consequências que as suas acções têm não só nas suas relações com os outros, mas, mais grave ainda, nas relações entre terceiros, agem egoisticamente na prossecução dos seus objectivos. Isto eu não entendo. Pior. Isto eu não consigo desculpar.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Arca de Noé IV

E quando falamos de casais, estamos a falar de todo o tipo de casais e se não, poderemos considerar Noé um homofóbico?

Arca de Noé III

E tipo se fosse hoje, iria um casal de cada raça e se não qual a raça e as que se afogassem poderiam acusar Noé de racismo?

Arca de Noé II

Tipo se fosse hoje, iria um casal humano católico ou judeu?

Calculo que Noé nem pondere as outras crenças.

Arca de Noé

Tipo se fosse hoje, por causa do H5N1, as aves teriam de ir num galinheiro-bote à parte?

Raios partam o optimismo

Hoje, antes de sair de casa, espreitei pela janela. Não chovia. Pensei para mim: "com o que choveu ontem, hoje não chove de certeza". Claro está que ia a meio da Rua do Sol ao Rato, quando começa o dilúvio. Até pensei que as autoridades competentes estivessem a entrar em contacto com Noé. Para piorar a coisa, os passeios estavam cheios de senhoras demasiado largas para facilitar a passagem e demasiado lentas para que chegasse a tempo ao escritório (e molhasse o menor número de camadas de cabelo - ele só fica verdadeiramente afro, quando a água chega às camadas de baixo...).

A partir de agora, mesmo que o céu esteja azulinho, vou andar sempre com um chapéu-de-chuva na mala.

Se pensarmos que de qualquer maneira a minha mala já tem tanta coisa como creme hidratante para as mãos (ou nariz quando estou constipada), soro fisiológico, pensos rápidos, mini kit de costura, ben-u-rons, kompensan´s, Brúfen, hidratante para lábios com sabor a manga, hidratante para lábios sem sabor e com ligeiro gloss, blush terracota, lápis de olhos, canderel, colheres pequenas, gomas de morango sem açúcar, entre outros, não é um chapeuzinho-de-chuva que vai fazer diferença.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Efemérides

Há datas que nos ensinam a aproveitar o melhor de todos os dias.

Explicação

Se não sei dizer o que quero agora, muito menos sei prever o que quererei amanhã.

Compromisso

Claro que não sabes. Tu nunca sabes. Tu nunca dizes que sim. Dizes sempre "talvez". Tu nunca te comprometes... E eu fico aqui, assim, sem saber se nunca mais te convido para alguma coisa ou se só te convido em cima da hora. Só assim, em cima da hora, é que tu vens.

Ao telefone

Maio de 1996

O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária.

A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.

Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém.

Miguel Esteves Cardoso

Graças a Deus, aos Santos, Candomblés e afins, o para sempre é relativo.

B.I.

Depois de 5 meses a viver como clandestina, fui hoje levantar o meu BI. A boa notícia é que fiquei um centímetro mais alta - por este andar lá para o ano 2030 chego ao 1,60m. Claro que a foto é apenas mais um hino à falta de fotogenia da minha pessoa (se bem que nada comparado ao anterior BI onde parecia um jogador de rugby enfurecido). A única coisa boa, é que fiquei com a pele surpreendentemente lisinha na foto. Imaculada mesmo (não, não houve retoques). Graças a Deus fui tirar o BI na 2ª, porque hoje estou de volta às alergias e manchas do costume.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

A importância de ser Colin

Tradução

O que queria dizer, oh mentes preversas, era que há homens pelos quais não nutro nenhum interesse, mas que são, em quase tudo, tão perfeitos e tão iguais ao que sempre sonhei, que sobem a fasquia para todos os outros.

John Galliano, Haute Couture


Há homens que são como a alta costura de Galliano. Raramente as roupas de Galliano se adequam ao meu gosto - sou, talvez, ligeiramente conservadora nesta área. Mas a sua perfeição técnica aumenta em muito o meu grau de exigência face às roupas que eu normalmente vestiria e que continuo a vestir - sem no entanto gostar tanto delas como gostaria se Galliano não existisse.

Lisbon, the 18th of May

Oh there ain't no love
No Montagues or Capulets
We're just banging tunes and DJ sets
and Dirty dance floors and dreams of naughtiness


Well I bet that you look good on the dance floor
I don't know if you’re looking for romance or...
I don't know what you’re looking for

I said that I bet that you look good on the dance floor
Dancing to electro-pop like a robot from 1984
From 1984

Artic Monkeys

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Small World

Estou farta de viver num meio tão pequeno. No entanto ontem teve graça. Irónico, mas com muita graça.

Pois

Por muito bem que corra a vida profissional, não há nada como boas notícias na vida pessoal.

Irracionalidade

Surpreende-me sempre a capacidade de amar um ser pequeno, que pouco interage e que há um ano não existia.

Relax

Não há melhor calmante do que o cheiro de um bebé.

Maternidade

Todas as mulheres ficam mais bonitas depois de serem Mães.

Gosto

De convites inesperados.

Não são só escaldões...

Diz que o meu tom de pele é muito fotogénico.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Zie Mushroom

Houve tempos em que o meu cabelo crescia na horizontal.

(Abençoados chineses que vendem babyliss a 7,5 €)

Zie Photos

Ontem descobri que todas as minhas fotos que datam entre 92 e 98 deviam ser destruidas.

Humoris Causa

Certos tipos de humor estão para os meus nervos como unhas para ardósia.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Relatividade

Nunca fui suficientemente esperta para perceber a Teoria da Relatividade do Einstein. Mas, na minha vida curriqueira, utilizo frequentemente o princípio da relatividade by Jones. Há quem lhe chame optimismo ou Síndrome de Pollyana. Muitos atribuem esta minha capacidade a alguma inteligência emocional que julgam que eu possua. No entanto, trata-se de uma teoria simples. Sim, tenho os meus momentos maus - por diferentes razões, este não foi um fim-de-semana muito animado. Fui-me, ligeiramente, abaixo.

Mas eis que se levantam algumas vozes. Recebi mails e mensagens e carinho e palavras in loco (porque ainda não sou uma geek afastada do mundo real). E é o que conta. Porque aquilo que está na nossa cabeça, pode ter muitas cores, sons e cheiros, mas não é real. O que conta são os factos e, sobretudo, o presente. Não o passado. Não o futuro. Mas o segundo que é agora. São as pessoas que estão comigo agora, é aquilo que vivo agora. Tal como há 5 anos me desliguei do que foram os últimos dias, as últimas horas, do que seria uma imensidão de tempo sem Ela e pensei apenas que se tinha aquela gente toda ali, comigo, prontos a segurarem-me a mão ao mais pequeno vislumbre de qualquer expressão que não fosse um sorriso, então tudo, de alguma maneira, estava (e ficaria) bem.

E assim, hoje, depois de tanta coisa, de tanto tempo, quando leio coisas destas apetece-me desmistificar o mito. Não é que seja mais forte, muito menos um guerrilheiro da estirpe do Che.

É só uma questão de relatividade.

És louca se achas que fico chateada com isto. Andava a conter o choro e fizeste-me chorar. Mas chorar por uma coisa boa, alivia tanto como chorar por uma coisa má. E a verdade é que agora estou muito melhor. Obrigada.

Concha

Às vezes acho que construí tantas formas de me proteger e resguardar, que hoje sou prisioneira da minha própria vontade.

Inversamente Proporcional ?

É suposto a tristeza diminuir quando a saudade aumenta?

Do FDS

How vain it is to sit down to write when you have not stood up to live.

Henry David Thoreau

5

Aviso: os próximos dias não vão ser fáceis.

O Fim do Sorriso

- Estou a ficar com rugas nos olhos...

- Estás-te sempre a rir, do que é que estavas à espera?

Partir a Loiça

Antes de continuar a postar sobre a difícil arte de existir, gostaria só de responder a uma provocação:

1. A minha surpresa pelo facto de os geeks se zangarem (sobretudo entre eles) advém do facto de acreditar (de uma forma um tanto ou quanto naïve, confesso) que os geeks (informáticos, neste caso particular) são seres que se excluem do contacto com outras pessoas, substituindo o contacto humano pelo contacto com as máquinas.

2. Não me parece que discutir a marca do browser tenha sequer uma importância semelhante à de discutir a questão da liberdade de imprensa ou do choque de civilizações. Mas, e porque contrariamente ao que certas pessoas acreditam, sou bastante democrática, remeto a hierarquia das importâncias para a o território da subjectividade. E, parece-me, faz todo o sentido que para um geek (informático) a questão dos browsers seja tão importante quanto a questão da liberdade de expressão o é para um cidadão.

3. Não faço, de facto, puto de ideia do que seja o Firefox.

4. Não sei se tenho algum virús no meu PC. Mas enquanto a coisa funcionar, também não me chateio com isso - pelo contrário ando preocupada com as reacções do nosso governo à questão dos limites da liberdade de expressão. É daquelas coisas. No fundo, no fundo, todos temos coisas que nos tiram o sono, uns o firefox, outros os limites à nossa liberdade - talvez seja ligeiramente geek neste campo, admito.

5. Também não sei pôr música no blog. Mas não, não me apetece fazê-lo. Gosto do meu blog assim, meio arcaico. Aliás, se tal fosse possível, gostava de estar a ordenar as letras de metal numa prensa de Guttemberg e depois distribuir cópias pelos meus queridos leitores (mas se fizesse isso, não poderia trabalhar, nem fazer mais nada, portanto, abençoados geeks informáticos que me deram esta forma de expressão).

6. Nutro uma simpatia especial pela figura do geek. Mas do geek da velha escola. Que anda com os livros debaixo do braço e consegue citar Byron. Que gosta do cheiro a madeira envernizada das bibliotecas e amaldiçoa as editoras por terem parado de imprimir Gervásio Lobato. Era esse o tipo de geek que me inspira e atrai. Todos os outros são interessantes apenas como objecto de estudo do National Geographic.

7. O comentário do Miguel ao meu post foi de facto genial. Sobretudo para quem conhece a figura. No entanto, "os desonestos, os preguiçosos, os bandidos", não têm sorte nenhuma com a minha pessoa, já com os arrogantes e geeks de direita, a História tem sido outra.

Única Nota: deve ser lido com um tom jocoso (é a brincar, Carlos Paulo - escusas de vir para aqui partir a loiça).

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Triste

Às vezes penso que há uma qualquer lei universal que me proíbe de estar de outra maneira.

...

Deprime-me a hipótese do definhar do corpo enquanto a sanidade mental se mantém.

A importância de ser

Deprime-me a ideia do espírito estar fechado na gaiola que é o corpo humano.

Se não trabalhasse...

tinha ido com ele ao Nimas ver isto, às 14h30.

Pequenos detalhes...

A que gostam de chamar hábitos estranhos:

1. Gosto do café frio. E peço sempre um copo de água para o diluir um pouco.

2. Como não tenho covinhas na cara, mas gostava bastante de as ter, costumo enterrar os dedos nas bochechas enquanto oiço alguém falar.

3. Em casa, ando sempre descalça. E, se fosse possível, andava descalça na rua também.

4. Gosto de cantar no banho e sou, ligeiramente, desafinada.

5. Leio sempre o último parágrafo dos livros primeiro.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Um novo e delicioso vício...

E esta, hein?

Os geeks também se ofendem...

Ovelha Negra

Àqueles que gostariam que eu encarreirasse, pergunto: em que carreiro/a?

Irrita-me...

... que 98% da população mundial adulta seja maior que eu.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Jones at work

No trabalho, como anteriormente na escola e na faculdade, as coisas correm-me bem. Às vezes (como agora) tenho muito trabalho, até porque sou incapaz de não ajudar um colega "entalado". Mas, regra geral, safo-me e bem. As pessoas gostam de mim ao ponto de sobrevalorizarem o que faço. Tenho consciência dos meus limites e defeitos e faço por os ter controlados. No trabalho acham que sou organizada (Marta, por favor, não te rias...), inteligente e desenrascada. Sou confiante, traço objectivos e, na maioria das vezes, cumpro-os com alguma facilidade.

Só não percebo (porquê, meu Deus, porquê????) é porque é que não sou capaz de demonstrar a mesma eficiência no plano pessoal.

Sucesso

A felicidade, lá diz essa grande sábia da literatura que é a Helen Fielding, vem do alcançar pequenos objectivos. Mesmo que sejam pequenas metas profissionais.

?

Quando penso no meu futuro vejo uma mancha branca. Às vezes preocupa-me, às vezes conforta-me.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Hoje acordei assim...


Um Post à la Charlotte (mas realista).

Ego ou O Assumir da Preguicite

Os idealistas abandonam tudo para perseguir o Amor. O egoísta abandona de bom grado qualquer busca no momento em que se sente bem.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

It factor

Por vezes, um mais um é igual a nada.

Simply

Ele disse-lhe olá. Ela, simplesmente, corou.

Incoerência Temporal

O Tempo, às segundas-feiras, arrasta-se como uma lesma ao sol. Depois, à medida que a semana avança, passa cada vez mais depressa. Por fim, o fim-de-semana não passa de uns reles instantes fugazes.

Niquenta

Na vida real, como na blogosfera, incomoda-me saber que certo tipo de pessoas se encontra a uns poucos links de mim.

Twist

quem veja a vida como uma espiral à sua frente. Eu normalmente sinto que estou parada no meio do furacão que são as espirais infinitas dos que me rodeiam.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Barbosa

A minha Avó, nos seus tempos de solteira, tinha por porteira uma senhora cujo sonho era que a minha Avó desposasse o seu filho. O Bairro das Colónias em peso sabia que o dito filho preferia marinheiros a qualquer gentil donzela que habitasse no seu prédio. Parece que, na altura, havia uma popular revista em que os homossexuais eram apelidados de "Barbosas". Pelo que, a minha Bisavó, que, ao que consta, era muito boa senhora mas não a mais delicada das alminhas, apelidou o filho da porteira de "Barbosa". O "Barbosa" ao que consta, ganhava uns trocos a desenrascar no bairro pequenas tarefas de canalização (!). Ficou para a história do Bairro das Colónias, Lisboa, a tarde em que a minha querida e distraída Avó, aquando de uma pequena inundação, vai para a janela gritar pelo "Barbosa"!

Depois desse momento, a senhora porteira desistiu de ter a minha Avó por nora.

At last

Há pessoas que escrevem bem. Outras escrevem muito bem. Há pessoas de quem gosto. Há muito poucas pessoas de quem gosto muito. Há pessoas cuja empatia mal sabemos dizer onde nasceu. E há a Inês.

A nossa história nasceu nos bancos da escola, porque ela era o número 19 e eu o 20. E porque tínhamos 10 anos e estávamos numa escola nova. E porque morávamos perto uma da outra. E até hoje não sei dizer se foi destino, se coincidência, nem conceber a minha vida sem as suas petites idiossincrasias. Em tantos anos os laços estreitaram-se, ao ponto de já não saber bem onde eles acabam e eu começo. Ela andava tímida nestas coisas da blogosfera. Nós pedimos-lhe, quase rogámos. O mundo não podia ficar sem conhecer o suave deslizar da sua pena.

Agora anda aí. Simplesmente Inês.

Bem-vinda.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Jones na DGRC

Pois é. Como os meus mui queridos leitores devem estar recordados, em Setembro fui roubada. Ora, desde então ainda não tinha movido uma palha que fosse para voltar a ser uma pessoa, um cidadão, documentada. Fui, porque antes de mais sou uma pessoa inteligente e informada, hoje tratar do assunto. Olvidei-me, por completo, da cruzada lesbiana que decorre por estes dias. Quando cheguei à DGRC deparei-me com uma série de câmaras. Ainda pensei que no último dia de clandestinidade tivesse sido apanhada e aquela gentinha histérica da TV (peço desculpa, eu sei que não são todos e até conheço quem trabalhe para a TV e seja um profissional altamente qualificado, mas apanhei uma equipa da TVI que, abençoados, eram um argumento a favor do fim da raça humana). Ainda temi que me viessem perguntar alguma coisa - ultimamente parece que tenho algum sucesso entre lésbicas e começo a interrogar-me se tenho ar de de quem prefere mulheres.

Enfim, adiante. Nada se faz neste país sem BI (bem, fazem-se algumas coisas, claro, que muita coisa aconteceu desde que fui roubada, mas não se faz nada de oficial). Mas já me começava a fazer espécie o estar sem carta de condução, sem cartão de contribuinte. Para não falar que, se me pedem o BI no Lux, não tenho como provar que já tenho mais de 18 anos. E lá fui. Com a inocência com que o Capuchinho Vermelho foi a casa da avózinha. No meu BI sempre vi escrito que era natural de Santa Justa - o que até faz sentido, uma vez que nasci numa clínica qualquer na Almirante Reis. Portanto, procurei no placard e fui para a 8ª Conservatória. Toda contente, quando cheguei ao 3º piso vi que nem tinha ninguém à frente. Tirei a senha e esperei. E esperei. E esperei. Esperei que a senhora chegasse (eram 9h15 e aquilo abre às 9h). Esperei que a senhora indagasse pelo bem-estar físico e emocional dos seus companheiros de trabalho. E esperei que a senhora encontrasse a sua caneta preferida ("toma esta, queres?", "não, gosto mais da outra e tenho a certeza de que a deixei aqui"). Quando se encontrou num estado zen e confortável a senhora lá se dignou a chamar-me. "Precisava da certidão de nascimento, para o BI". Lá lhe dei o nome e mês de nascimento. A senhora levanta-se da cadeira e lá vai à minha procura nos calhamaços. À terceira vez que ela me pergunta se nasci em Setembro (já começava a ter dúvidas sobre a minha própria data de nascimento), comecei a ficar preocupada. Lá me aparece ela, a dizer "ah e tal, não tenho o seu registo, deve estar na conservatória da sua residência". Lá disse que era de onde era, e ela mandou-me para a 6ª conservatória, no 5º piso. Cheguei lá e, claro, já não era a primeira. À minha frente estava um gajo, com ar de geek, a pedir a certidão dele. Deram-lhe. Depois pediu em Inglês. Que não, que isso não podiam, só nos consulados, mas que tinham um modelo que era aceite na UE. Mas é em Português? Sim, mas veja, tem uns sinaizinhos e aceitam em todo o lado. Ah, então quero um desses. E lá vai a mulher fazer a cópia e dá-la ao marmanjo (feio, que era pecado). Lá bazou. Lá fui eu (quero a certidão para o BI, moro em Santo Condestável). "Ah, a menina não é daqui. É da 6ª conservatória, no 5º piso. FUCK!

Lá fui eu. No corredor estava o geek à espera de elevador também. Quando o dito chegou, deixou-me entrar primeiro (devia ter desconfiado aí: no elevador segue-se a regra das escadas, senhores à frente). Também ele tinha de ir à 6ª Conservatória. Claro que a boa educação lhe passou logo (ou chegou logo...) e à saída do elevador, só faltou empurrar-me para sair primeiro. Quando chegou o sacana foi logo atendido. E começou a pedir coisas porque parece que vai casar com uma russa na Noruega (kiss, babe, keep it simple stupid!). Claro que a certa altura já estavam todos os funcionários da conservatória de roda dele e a Joana a espumar e a ver o raspanete que ia apanhar por chegar tarde ao escritório. Até que, uma senhora amorosa, me viu e me veio atender "escusa de ficar à espera que aquilo é complicado". Já estava quase com pena do geek, que até queria dar o seu nome à russa e para isso tinha que apresentar o equivalente à Bíblia em declarações oficiais.

Depois foram 5 minutos até me pôr no escritório.


Claro que, à laia de superstar, saí por uma porta lateral, discreta. Só para que não façam confusões.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Equilíbrio Egocêntrico

O difícil, para o ego, é encontrar o seu lugar. Entre um mundo que passaria bem sem ele e a certeza absoluta de que pode mudar o Mundo.

Eu juro...

... que ouvi e adorei. Mas não encontro referências a "World Leader Pretender" em lado nenhum.

 
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