Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

segunda-feira, abril 17, 2006

705 - R.I.P.

As she, herself prepares for him
And Madonna, she still has not showed
We see this empty cage now corrode
Where her cape of the stage once had flowed
The fiddler, he now steps to the road
He writes ev'rything's been returned which was owed
On the back of the fish truck that loads
While my conscience explodes
The harmonicas play the skeleton keys and the rain

And these visions of Johanna are now all that remain.

quinta-feira, abril 13, 2006

Farta da Blogosfera...

Há várias coisas que me chateiam neste país - e se digo neste é porque, devido ao facto de andar a fugir a todas as oportunidades que vou tendo de ir para o estrangeiro, não estou assim tão por dentro do que se passa no estrangeiro. Chateia-me, por exemplo, que se faça o culto da depressão. É cool ser depressivpo e andar infeliz. É cool ler escritores e poetas tristes e depois dizer que nos identificamos. Lá está. Um bom exercío seria andar em busca de poetas reinadios e jocosos. Chateia-me também o pseudo-intelectualismo. Somos todos tãããããooooo cultos. Lê-se imenso. Vai-se imenso ao cinema. Vêem-se exposições e concertos. Nada mainstream - Deus nos livre e guarde de fazer o que quer que seja que as massas andem a fazer. Claro que depois, e isto ninguém diz, ser intelectual é como fazer parte de um clubinho onde - importante - não se pode trabalhar, produzir ou fazer algo que não seja para nosso bel-prazer (ainda que este modo de vida, totalmente umbiguista, não contribua, Deus nos proteja, para qualquer tipo de estado vagamente aparentado com a felicidade). Por isso as "reuniões" são sempre marcadas para dias e horas em que as pessoas - ditas normais, oh o horror- trabalham.

Depois irrita-me aquela coisa dos blogues das miúdas (não é por acaso que gostaria que o meu blogue fosse andrógino...). Ou são todos muito meninas, ai e tal ele não me liga e estou triste a ouvir uma música qualquer, ou são pseudo-intelectuais (claro!) agrupadas em redes que se auto-elogiam (e se tratam por querida e afins) e que quando querem dar uma de girlfriends armam-se em personagens do Sexo e a Cidade e falam de Manolos e do Tom Ford - como se alguma vez as suas histórias de vida, claramente suburbanas e wannabes, lhes tivessem permitido ter chegado perto desses objectos de consumo.

Há excepções, pois claro que há, alguns blogs que leio todos os dias e a toda a hora. Pessoas que são o que escrevem, mesmo que a escrita não seja perfeita e os humores passem da depressão à felicidade num ápice. São gente a sério. Não pessoa que se armam em boas só porque têm um blogue e a vida real lhes corre mal.

Acho que vou tirar férias deste mundo.

quarta-feira, abril 12, 2006

Fofoca - Mau Negócio...

Embora seja discutível, acho que ela fica melhor que ele - que, como é óbvio, ficaria melhor comigo...

Tenho

  1. Um gânglio inchado;
  2. Uma dor num local não identificado da cara (não é dentes, nem ouvido);
  3. Ambos os lados da cara inchados
  4. Febre, acho.

When Adam Meets Eve

Adão - The new creature names everything that comes along, before I can get in a protest. And always that same pretext is offered--it LOOKS like the thing. There is a dodo, for instance. Says the moment one looks at it one sees at a glance that it "looks like a dodo." It will have to keep that name, no doubt. It wearies me to fret about it, and it does no good, anyway. Dodo! It looks no more like a dodo than I do.

Eva - When the dodo came along he thought it was a wildcat--I saw it in his eye. But I saved him. And I was careful not to do it in a way that could hurt his pride. I just spoke up in a quite natural way of pleasing surprise, and not as if I was dreaming of conveying information, and said, "Well, I do declare, if there isn't the dodo!" I explained--without seeming to be explaining-- how I know it for a dodo, and although I thought maybe he was a little piqued that I knew the creature when he didn't, it was quite evident that he admired me.

Extratos do Diário de Adão e Eva, Mark Twain

terça-feira, abril 11, 2006

Soprado

Agora por qualquer coisinha o meu gânglio incha.

Achaques Vampíricos

Desde ontem que ando com dores na jugular.

Crença 1027

Tenho para mim que só somos verdadeiramente felizes quando não pensamos nisso.

segunda-feira, abril 10, 2006

Bien-Être

O sonho de uns é a obrigação quotidiana de outros.

Piano

Ouvir o som do piano recorda-me tardes passadas a ver a chuva cair no jardim. Tardes recheadas de histórias cantadas e com sabor a scones feitos com toda a paciência e doçura do mundo.

Zen

Ouvir Bernardo Sassetti (Banda Sonora de "Alice") para acabar o dia.

Romantismo fora de horas

Às vezes, às 5h da manhã, o meu sorriso dá direito a um beijo na mão.

Miss Jones faz asneiras

No sábado queimei-me no polegar esquerdo. Pus água fria, muita água. Continuava a doer que fazia ver estrelas. Lembrei-me da minha avó uma vez me ter dito que clara de ovo era um bom remédio nestas alturas. Vai de partir o ovo e ficar uma hora (!) de polegar dentro da clara. Ao fim de uma hora (!) já tinha o dedo todo desfeito e estava para lá de atrasada para o jantar de anos onde tinha de ir. Num fósforo tomei banho e vesti-me. Depois tinha a difícil tarefa de secar o cabelo. Ora, coisa que nunca me tinha passado pela cabeça, secar o cabelo é uma tarefa assaz agressiva para os nossos polegares. Ele é as cerdas grossas da escova, as temperaturas infernais do secador, movimentos bruscos - tudo com o objectivo de deixar esta trunfa com um ar, vagamente, apresentável. Quase que chorei com dores. A sorte é que, quando cheguei ao jantar de anos, a aniversariante - alma caridosa cujos dedos também haviam sido queimados no decorrer dos preparativos para a dita festa - arranjou-me uma pomadita milagrosa (bem... duas pomaditas: 1 da farmácia e outra de vodka/laranja) e fiquei logo melhor.

Nessa noite, houve galhofa - o que me fez esquecer o mau resultado do mê sporting - e conheci a nova Super Bock Tango, a primeira cerveja (se é que se pode chamar isto...) de que gosto. Enfim, sei que quando íamos sair, no elevador, resolvo fazer a brincadeirinha de pisar um pedal que faz o elevador parar. Era suposto que, ao carregar de novo no dito pedal, a máquina voltasse a andar, o que, como é óbvio, não aconteceu. Então fiquei trancada num metro quadrado com duas meninas - uma à beira de um ataque histérico. Chorava a rir, até porque, no meio da confusão, meio mundo resolveu telefonar-me. Eu, claro, contava tudo ao pessoal do lado de lá do telefone (de uma forma atabalhoada, confesso, fruto do avançado da hora, da vodka/laranja, da Tango, do Vinho Tinto e, claro, da situação em si), que se desfazia em receitas milagrosas para desencravar o elevador.

Ao fim de 15m lá carregaram não-sei-em-que-botão-milagroso e a geringonça lá andou.

Se acharam que tinha tido uma boa dose de azares no fim-de-semana (eu, pelo menos, achei) desenganem-se. No domingo, para evitar confusões (e para descansar) andei pelos lados do meu edredon até às 19h. Até lá, nada. Mas foi só ficar mais activa (fazer o jantar) que cortei logo um dedo. O polegar esquerdo. Mesmo no sítio que tinha queimado. Sangue por toda a parte, aquela merda não estancava. Ainda para mais, estava fula porque o meu querido Pai arranjou um monte de camarões para o jantar - sabendo perfeitamente que eu sou alérgica - e ele e a minha irmã estavam a deleitar-se com aquilo enquanto eu me esvaía em sangue na cozinha.

Posto isto, acho que o passado fim-de-semana não é válido. Exijo mais dois dias de descanso.

Acabei de verificar que não sei do meu cartão multibanco. Talvez mistela de vodka/laranja, vinho e Tango tenham tido mais algumas repercussões...

sexta-feira, abril 07, 2006

The End

After all these years, I see that I was mistaken about Eve in the beginning; it is better to live outside the Garden with her than inside it without her.

Mark Twain, Adam's Diary

O Pinto da Costa também é Kinky

Mainstream

Sou consumidora habitual de Planta e acredito nos glutões.

Parece fútil, mas não é

O truque para sair à 5ª feira e vir trabalhar na 6ª de boa cara é NUNCA JAMAIS ir dormir sem retirar meticulosamente a maquilhagem.

Tão meticulosamente que um dia ainda fico sem uma vista. Que isto de retirar meticulosamente o miraculoso eyeliner da Lâncome quando não consigo usar devidamente as mãos para nada tem muito que se lhe diga...

Ferramentas de Trabalho

Água, Café e Pastilha Elástica.

We like to Move it, Move it

ah e tal " tu danças mesmo bem"...

Dúvida

Não sei se ainda estou com os copos ou já comecei a ressacar...

quinta-feira, abril 06, 2006

Regabofe a Norte

Eles já têm blog.

No Comments

Hoje, no Marquês de Pombal, fui agredida por um senhor com, pelo menos, idade para ser meu Avô. Eu falava ao telefone e ele ia murmurando qualquer coisa que não percebi. Quando passa por mim, manda-me um murro - um murrito de menina, diga-se, que se há coisa que o meu pai me ensinou foi a usar os punhos como deve ser, de preferência nas fossas nasais dos que me aborrecem (nunca pus os ensinamentos em prática, claro...). Enfim, enquanto eu, indignada, explicava à minha interlocutora o que se tinha passado, o velho segue alegremente o seu percurso sempre praguejanto contra a minha pessoa.

Incomoda-me estas coisas dos loucos e maluquinhos. Fico sempre a achar que eles viram a minha alma demoníaca - na mesma lógica de pensamento que me leva a crer que sou adorada por crianças e animais porque eles vêem mesmo a alma das pessoas e vêem logo que sou excepcionalmente boa e não me largam (a sério, é um karma... Com as crianças ok, visto eu ADORAR bebés, mas a cena dos animais, se pensarem que tenho medo de todo o ser irracional capaz d se locomover...).

A primeira vez que fui abordada por um velhote, assim, de forma inesperada, tinha dez anos e subia a Domingos Serqueira a caminho de casa. Íamos quatro miúdas. Pois que o velho se aproxima de mim, por trás, agarra-me no pescoço e pespega-me um beijo peganhento no mesmo. Gritei (tenho ideia de que guinchei, mesmo) e corri para casa onde, literalmente, tomei banho em álcool.

Até hoje, não gosto muito que me toquem no pescoço. Bem, enfim, espero não ficar com uma nódoa negra no braço - se bem que o murro foi mesmo de menina...

Este blog, hoje, acordou assim...


It says turn around you fool,
you know you love him more and more
Tell me why is it so?
Don't wanna let you go

I never can say goodbye boy
Ooh ooh baby
I never can say goodbye
No no no no no no Ooh hey
I never can say goodbye, boy
Ooh ooh baby
I never can say goodbye
[No no no no no no] hey


...e com o cabelo (quase) igual ao da senhora de cima...

quarta-feira, abril 05, 2006

My Personal Task Force

Às vezes tenho a sensação que, para mim, tudo é demasiado fácil. Por sorte, pura sorte, na maioria das vezes não preciso sequer de me esforçar imenso para ser bem sucedida. A questão é que depois se torna difícil, a mim mesma, valorizar o que eu faço. Acho sempre que tenho sorte. Mesmo quando parece que tudo corre mal, à última da hora, um golpe de sorte, salva a situação.

Mesmo em alturas em que me vejo entre a espada e a parede, há sempre uma misteriosa task force que surge. Há alturas em que sei que se não fossem elas, a sorte passaria e eu perderia a minha chance. Mais uma vez (a milionésima terceira) eu chamei e elas compareceram. E agora sei, tenho a certeza, que tudo vai correr bem.

A elas, my personal task force, o meu obrigada.

terça-feira, abril 04, 2006

Este blog, hoje, está assim

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Tempus Provectus

Aquele momento passou-lhe uma e outra vez pela cabeça. Perante o seu corpo morto, dentro de um caixão coberto de flores, apercebeu-se que nunca o tivera. Ele partira há muito, há tanto tempo, há uma vida. Tivera uma vida inteira longe de si. Para ele, ela era o nada, um rosto difuso, sem traços, talvez. Olhando a madeira polida à sua frente, lembrou-se de cada um dos traços. O recorte aquilino do nariz, a pequena cicatriz na fonte. Ouvia a voz jovem e confiante. O riso doce de menino-homem. Então soube. Soube que morrera. Que a sua vida acabara naquele instante longínquo que fora a última vez que o vira. E sorriu. Um riso leve e discreto, invísivel, para não incomodar aqueles que o choravam. Um sorriso breve com uma gargalhada contida. Sorriu, ao tomar consciência do próprio suicídio.

Adoro Botões

Mas nunca ouvi falar de soutiens com botões...

segunda-feira, abril 03, 2006

O Umbiguismo dos Factos

Se o Mundo é um bago de uva, eu sou, claramente, a grainha.

 
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