Penumbra
Há qualquer coisa de gótico em enfrentar uma inesperada manhã de sol.
Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça
Eu até acho q as trintonas são mais sexys e giras e espertas do que as desmioladas das “vintonas” q são umas malucas que n têm savoir faire nenhum…
Your Stripper Song Is |
I'm a Slave 4 U by Britney Spears "I'm a slave for you. I cannot hold it; I cannot control it. I'm a slave for you. I won't deny it; I'm not trying to hide it." You may seem shy, but you can let your wild side out when you want to! |
Four jobs I've had:
Um dia, um instante, disse que queria mudar. Sentia-me presa a asfixiar. Estava a ser conduzida para uma profissão, um estilo de vida, que me assustava pela monotonia, pelas palavras, pela pose. Assustava-me um mundo que não queria meu, mas que havia procurado. Nesse dia, nesse instante fui honesta comigo mesma. E tive coragem para gritar a minha vontade ao mundo.
You Are Miss Piggy |
A total princess and diva, you're totally in charge - even if people don't know it. You want to be loved, adored, and worshiped. And you won't settle for anything less. You're going to be a total star, and you won't let any of the "little people" get in your way. Just remember, piggy, never eat more than you can lift! |
people say that your dreams are the only things that save ya.
É verdade que decido tudo em cima da hora - aliás, só consigo tomar decisões quando não tenho de pensar sobre elas. Mas, por estranho que possa parecer, tenho uma postura muito analítica em relação a tudo o que faço. Sobretudo nas relações com os outros. É costume ter comportamentos dos quais nem me apercebo e fico, não raras vezes, chateada quando me chamam a atenção. Mas não é menos verdade que raramente tais críticas me passam ao lado. Muitas vezes fico magoada comigo mesma. Sobretudo se os meus actos influem nas relações entre terceiros. Sou, por norma, impulsiva. E por isso compreendo perfeitamente quem age de cabeça quente.
E quando falamos de casais, estamos a falar de todo o tipo de casais e se não, poderemos considerar Noé um homofóbico?
E tipo se fosse hoje, iria um casal de cada raça e se não qual a raça e as que se afogassem poderiam acusar Noé de racismo?
Tipo se fosse hoje, iria um casal humano católico ou judeu?
Tipo se fosse hoje, por causa do H5N1, as aves teriam de ir num galinheiro-bote à parte?
Hoje, antes de sair de casa, espreitei pela janela. Não chovia. Pensei para mim: "com o que choveu ontem, hoje não chove de certeza". Claro está que ia a meio da Rua do Sol ao Rato, quando começa o dilúvio. Até pensei que as autoridades competentes estivessem a entrar em contacto com Noé. Para piorar a coisa, os passeios estavam cheios de senhoras demasiado largas para facilitar a passagem e demasiado lentas para que chegasse a tempo ao escritório (e molhasse o menor número de camadas de cabelo - ele só fica verdadeiramente afro, quando a água chega às camadas de baixo...).
Claro que não sabes. Tu nunca sabes. Tu nunca dizes que sim. Dizes sempre "talvez". Tu nunca te comprometes... E eu fico aqui, assim, sem saber se nunca mais te convido para alguma coisa ou se só te convido em cima da hora. Só assim, em cima da hora, é que tu vens.
O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária.
Depois de 5 meses a viver como clandestina, fui hoje levantar o meu BI. A boa notícia é que fiquei um centímetro mais alta - por este andar lá para o ano 2030 chego ao 1,60m. Claro que a foto é apenas mais um hino à falta de fotogenia da minha pessoa (se bem que nada comparado ao anterior BI onde parecia um jogador de rugby enfurecido). A única coisa boa, é que fiquei com a pele surpreendentemente lisinha na foto. Imaculada mesmo (não, não houve retoques). Graças a Deus fui tirar o BI na 2ª, porque hoje estou de volta às alergias e manchas do costume.
O que queria dizer, oh mentes preversas, era que há homens pelos quais não nutro nenhum interesse, mas que são, em quase tudo, tão perfeitos e tão iguais ao que sempre sonhei, que sobem a fasquia para todos os outros.
Oh there ain't no love
Estou farta de viver num meio tão pequeno. No entanto ontem teve graça. Irónico, mas com muita graça.
Surpreende-me sempre a capacidade de amar um ser pequeno, que pouco interage e que há um ano não existia.
Houve tempos em que o meu cabelo crescia na horizontal.
Nunca fui suficientemente esperta para perceber a Teoria da Relatividade do Einstein. Mas, na minha vida curriqueira, utilizo frequentemente o princípio da relatividade by Jones. Há quem lhe chame optimismo ou Síndrome de Pollyana. Muitos atribuem esta minha capacidade a alguma inteligência emocional que julgam que eu possua. No entanto, trata-se de uma teoria simples. Sim, tenho os meus momentos maus - por diferentes razões, este não foi um fim-de-semana muito animado. Fui-me, ligeiramente, abaixo.
Às vezes acho que construí tantas formas de me proteger e resguardar, que hoje sou prisioneira da minha própria vontade.
- Estou a ficar com rugas nos olhos...
Antes de continuar a postar sobre a difícil arte de existir, gostaria só de responder a uma provocação:
A que gostam de chamar hábitos estranhos:
No trabalho, como anteriormente na escola e na faculdade, as coisas correm-me bem. Às vezes (como agora) tenho muito trabalho, até porque sou incapaz de não ajudar um colega "entalado". Mas, regra geral, safo-me e bem. As pessoas gostam de mim ao ponto de sobrevalorizarem o que faço. Tenho consciência dos meus limites e defeitos e faço por os ter controlados. No trabalho acham que sou organizada (Marta, por favor, não te rias...), inteligente e desenrascada. Sou confiante, traço objectivos e, na maioria das vezes, cumpro-os com alguma facilidade.
A felicidade, lá diz essa grande sábia da literatura que é a Helen Fielding, vem do alcançar pequenos objectivos. Mesmo que sejam pequenas metas profissionais.
Os idealistas abandonam tudo para perseguir o Amor. O egoísta abandona de bom grado qualquer busca no momento em que se sente bem.
O Tempo, às segundas-feiras, arrasta-se como uma lesma ao sol. Depois, à medida que a semana avança, passa cada vez mais depressa. Por fim, o fim-de-semana não passa de uns reles instantes fugazes.
Na vida real, como na blogosfera, incomoda-me saber que certo tipo de pessoas se encontra a uns poucos links de mim.
Há quem veja a vida como uma espiral à sua frente. Eu normalmente sinto que estou parada no meio do furacão que são as espirais infinitas dos que me rodeiam.
A minha Avó, nos seus tempos de solteira, tinha por porteira uma senhora cujo sonho era que a minha Avó desposasse o seu filho. O Bairro das Colónias em peso sabia que o dito filho preferia marinheiros a qualquer gentil donzela que habitasse no seu prédio. Parece que, na altura, havia uma popular revista em que os homossexuais eram apelidados de "Barbosas". Pelo que, a minha Bisavó, que, ao que consta, era muito boa senhora mas não a mais delicada das alminhas, apelidou o filho da porteira de "Barbosa". O "Barbosa" ao que consta, ganhava uns trocos a desenrascar no bairro pequenas tarefas de canalização (!). Ficou para a história do Bairro das Colónias, Lisboa, a tarde em que a minha querida e distraída Avó, aquando de uma pequena inundação, vai para a janela gritar pelo "Barbosa"!
Há pessoas que escrevem bem. Outras escrevem muito bem. Há pessoas de quem gosto. Há muito poucas pessoas de quem gosto muito. Há pessoas cuja empatia mal sabemos dizer onde nasceu. E há a Inês.
Pois é. Como os meus mui queridos leitores devem estar recordados, em Setembro fui roubada. Ora, desde então ainda não tinha movido uma palha que fosse para voltar a ser uma pessoa, um cidadão, documentada. Fui, porque antes de mais sou uma pessoa inteligente e informada, hoje tratar do assunto. Olvidei-me, por completo, da cruzada lesbiana que decorre por estes dias. Quando cheguei à DGRC deparei-me com uma série de câmaras. Ainda pensei que no último dia de clandestinidade tivesse sido apanhada e aquela gentinha histérica da TV (peço desculpa, eu sei que não são todos e até conheço quem trabalhe para a TV e seja um profissional altamente qualificado, mas apanhei uma equipa da TVI que, abençoados, eram um argumento a favor do fim da raça humana). Ainda temi que me viessem perguntar alguma coisa - ultimamente parece que tenho algum sucesso entre lésbicas e começo a interrogar-me se tenho ar de de quem prefere mulheres.