Eu Hoje vou lá
Porque isto de ter um look naturalmente gótico (pele muito branca, quase azul e cabelo preto, tb quase azul...) dá jeito apenas uma noite por ano: HOJE!!
AQUI.
Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça
Porque isto de ter um look naturalmente gótico (pele muito branca, quase azul e cabelo preto, tb quase azul...) dá jeito apenas uma noite por ano: HOJE!!
É bom ficar por casa quando chove. Abrir livros fechados há muito tempo, revolver cadernos onde há muito não escrevemos, encontrar cartas que há muito não lemos. A música baixinho lembra outros tempos, outras tardes de chuva. Lembra-me do meu eu de antigamente. Volto a sofrer com questões há muito resolvidas, a rir-me com episódios de que já mal me lembrava. Penso no que sou, no que fui. Em quem somos, no que fomos.
No one could ever know me. No one could ever see me.
So the years went by, I stayed the same
Stability results were medium which suggests you are moderately relaxed, calm, secure, and optimistic.
À pergunta, o Sporting vai ganhar este fim-de-semana, a Bola respondeu "Who Knows".
... que o Porto vai ficar em 5º lugar.
Foi comprada em Londres. E adivinha. Podemos fazer qualquer pergunta, que ela adivinha.
Aqui há uns dez anos, num dia de muito vento e chuva, uma amiga perdeu um gorro, num episódio que até hoje suscita gargalhadas - minhas, não dela, que ficou sem o gorro que fora feito pela avó.
De tão cansada, sinto os neurónios moverem-se como larvas preguiçosas ao sol. Preciso pensar e não consigo. Os pensamentos são apenas fotogramas com a duração de um nanossegundo que não consigo segurar. Já baralho línguas e esqueço-me daquela que supostamente deveria falar. As palavras perdem-se no vazio da cabeça antes da língua as articular.
I wanna be adored
Ao longo da vida o nosso conceito de perfeição vai-se alterando. Vamos acrescentando detalhes e percebendo que há detalhes que não interessam para nada. Às vezes, e até à laia de defesa, pedimos coisas que sabemos serem impossíveis. Mas nada, NADA, nos prepara para o instante em que encontramos essa mesma perfeição. Tudo o que pedimos, implorámos, desesperámos por não encontrar.
É bom saber que temos fãs. Mesmo que, como no meu caso, se tratem de seres microscópicos. Os virús da gripe adoram-me. Idolatram-me mesmo. O meu corpo é para eles como um templo. Ou como Meca para os muçulmanos, todos têm de por cá passar. Ora, a passada sexta e sábado foram, como dizer, dias de procissão, o fim do jejum, o fim do Ramadão. Festa, festa, festa. Ranho e espirros, da minha parte. Faltou a febre, porque às vezes fico assim, um pouco anti-social e, em meados de Setembro, levei uma pica de Influvac. Portanto a celebração não foi Brastempi, mas ainda deu para alguns deles se divertirem.
Todos nós temos os nossos. O Dartacão, o Snoopy. O Luki-Live. Pessoas que admiramos. Ghandi, JFK, Sophia de Mello Breyner. Pessoas que adoramos.
Contado não tem tanta graça. Mas foi uma teima. E como ele ainda não escreveu sobre isso, eu provo que sou sempre a primeira.
Don’t waste your words I don’t need anything from you
... encontro-me, neste momento, bastante bem humorada.
Se é verdade que o que não nos mata, torna-nos mais fortes, então devem querer fazer de mim uma espécie de Hércules emocional...
A ler isto, tive várias reacções. Concordo com muita coisa, mas discordo de algumas coisas.
Gosto deste cheiro das ruas molhadas, mas não gosto da chuva em si.
Já aqui disse que a família da minha mãe é muito conservadora. Tão conservadora, que a palavra "rabo" era considerada de mau gosto e terminantemente proibida. Houve, inclusivé, uma empregada dos meus avós que, após ter caido das escadas, entra na sala a dizer "magoei o tutu"...
Quando tinha quatro anos deram-me uma daquelas bolas com umas orelhas. Daquelas onde nos sentamos e saltamos. Daqueles brinquedos que permitem às crianças estarem entretidas durante horas, sem fazerem coisa nenhuma. Eu tive uma bola dessas, amarela. E andava com aquilo para todo o lado, sempre aos saltos.
Fui, até aos 5 anos, filha única. Como tal, super mimada e protegida. Quando, um dia depois de fazer três anos, comecei a ir à escola, os meus pais recearam que fizesse todas as fitas do costume. Assim, a medo, levaram-me a ver o colégio. Mostraram-me o recreio, o refeitório - "olha as cadeiras pequeninas, Joana, para meninos como tu" - as casas de banho - "olha, Joana, tudo pequenino, para meninos como tu". Na sala da minha classe, fiquei encantada com uma casinha de bonecas. E fui brincar com os outros meninos. Os meus pais ficaram ali, com medo que eu chorasse se eles se fossem embora. A minha mãe continha as lágrimas a custo enquanto a educadora os tranquilizava e mandava embora. De repente, levantei os olhos dos mini tachos e panelas com os quais me entretinha (a minha costela de fada do lar...) e vi os meus pais.
Pelo meu terceiro aniversário recebi um escorrega, um baloiço e um quadro com um banquinho amoroso onde podia desenhar a giz.
Saio para a rua e deixo o sol aquecer de novo o espírito que a missa gelara. Volto para o carro sózinha. Está a tocar Sigur Rós. Volto para casa a guiar à doida - possivelmente ainda alcoolizada. Há qualquer coisa em estar com um cadáver que me faz querer estar viva. Testar a fronteira entre a vida e a morte. Sentir doses absurdas de adrenalina no sangue.