Um espelho de tudo o que me vai pela cabeça

sexta-feira, julho 29, 2005

Alive

Fechei os olhos e segurei o volante com força. Deu um frio na barriga. Quando abri os olhos tudo estava ok.

Saída da A5, chegada a Lisboa.

Marginal, 9 PM

Des yeux qui font baiser les miens,
Un rire qui se perd sur sa bouche,
Voila le portrait sans retouche
De l'homme auquel j'appartiens

Lembro-me dos dedos brancos,
gentilmente fazendo soar o marfim do piano

Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,
Je vois la vie en rose.

Das sardas nos braços pálidos
Os meus braços, as minhas sardas
Dos olhos meigos que me olhavam e tocavam

Il me dit des mots d'amour,
Des mots de tous les jours,
Et ça me fait quelque chose.

Dos gestos lentos, calmos
De uma voz que falava de Deus e Amor

Il est entre dans mon coeur
Une part de bonheur
Dont je connais la cause.

A minha voz na minha cabeça
E Deus era Amor na sua voz fraca

C'est lui pour moi.
Moi pour lui
Dans la vie,
Il me l'a dit,
l'a juré pour la vie.

Aquele sangue de pulsar brando, Bom
Meu sangue, minhas mãos

Et des que je l'aperçois
Alors je sens en moi
Mon coeur qui bat...

Está morto (...)

quinta-feira, julho 28, 2005

Morbidez Dupla

Sonhar duas vezes (na mesma noite) com o momento exacto em que a garganta seca, o mundo pára e a morte acontece...

quarta-feira, julho 27, 2005

Favor Não Comentar

Não gosto que digam que escrevo só para que me comentem...

Fachadas

Sempre senti uma certa atracção por fachadas brilhantes que escondem realidades sombrias. Tenho um certo fascinio por aquela moral vitoriana, espartilhada, que esconde as mais violentas aberrações.

Acho que tenho um pouco disso, em todos os sentidos.
É um pouco de hipocrisia, misturado com um orgulho de que não me orgulho.

terça-feira, julho 26, 2005

E ainda...

(...)

God so loved the idiot world
He gave it his only son to kick around
That was long ago in another town
(It could use a good laugh now)
God so loved the idiot world

(...)

God so loved the idiot boy
He gave him coffee grounds in a paper cup
And a reason everyday to keep getting up
In a world that drags you down

(...)

Ron Sexsmith, The Idiot Boy

De Imitación...

Já gostava da versão dela, adorei o original dele...

Secret heart
What are you made of?
What are you so afraid of?
Could it be three simple words
Or the fear of being overheard?
What's wrong?
Let her in on your secret, heart

Secret heart
Why so mysterious?
Why so sacred, why so serious?
Maybe you're just acting tough
Maybe you're just not man enough
What's wrong?
Let her in on your secret, heart

This very secret you're trying to conceal

Is the very same one you're dying to reveal
Go tell her how you feel

Secret heart
Come out and share it
This loneliness, few can bear it
Could it have something to do with
Admitting that you just can't go through it alone?
Let her in on your secret
What's wrong?
Let her in on your secret, heart

segunda-feira, julho 25, 2005

Emoções

Cantar (gritar) uma história de amor ao ritmo de Just the Girls, agarrada à malta toda...

Partilhar a casa de banho com dez gajas a dizerem "o amor é uma coisa linda, a minha maquilhagem tá borrada?".

Pedir, com olhos de bambi, para o barman pôr um pouquinho de vodka no sumo de morango e depois ter de fazer as despesas de conversa com os tios a fingir que estava super sóbria (acho que o fingimento foi, muitas vezes, mútuo...)...

A euforia de estar a ver alguém de quem tanto gosto tão feliz misturada com o aperto no estômago de pensar que há coisas que vão mudar...

Weeeeeee

Nem com um bordadito ainda fresco no pé me impediram de dançar (bem acompanhada, diga-se) tudo a que tinha direito. Ele foi valsa, foi Frank Sinatra, La Vie en Rose, e outras que já nem me lembro. Revolucionámos claramente aquela pista.

Peço desculpa aos que foram albarroados...

Ambiguidade do Tempo

Pareceu uma eternidade. E ao mesmo tempo não foi mais do que um segundo. Comparado com uma vida, não passou de um nanossegundo. E no entanto bastou para mudar uma vida. Comigo é sempre assim. As grandes revoluções são rápidas. O que demora é adaptar-me a elas...

Sempre Jones...

Enganei-me, esqueci-me que já era a minha vez. O Padre teve de me chamar: "onde está a madrinha que vai dizer umas palavras lindas?"...

Gaguejei, enganei-me e tremia que nem varas verdes. Comovi-me, chorei. Fiz aquele risinho parvo quando pedi desculpa.

O Padre adorou, recebi parabéns de uma centena de desconhecidos "pelo discurso lindo!". Acusaram-me de fazer de propósito para ser "adorável"...

A verdade é que, naqueles 20 segundos, perdi 20 anos de vida...

sexta-feira, julho 22, 2005

Cicatriz

Vou ficar com uma cicatriz no pé. Gosto bastante de cicatrizes. Não me confundam com o pessoal que se corta assim just because. Gosto de cicatrizes como gosto de rugas. São marcas de um momento, momentos que ficam tatuados para sempre (ou até à intervenção do cirurgião plástico). E assim não esqueço...

Fábulas de Um Casamento Atribulado

A um dia do evento temos um incêndio à porta da casa - onde se vai realizar o copo de água.

A um dia do evento temos uma madrinha lesionada.

E ainda prevê-se que a leitura da abertura da missa não corra muito bem. É que com os stresses nem treinei...

3

Pontos no peito do pé...

2

Dois desmaios, duas quebras de tensão, dois mariquinhas em pânico...

1

Uma vacina anti-tetânica (no rabo!!!)

quinta-feira, julho 21, 2005

"Don't know much trigonometry"

Também tenho uma coisa com altos e baixo desta vida...

Ad Eternum

É uma expressão que me assusta. Pela pouca fiabilidade...

Pânico

Faltam menos de 48 horas para fazer o meu primeiro discurso publico. Pela ocasião e pelos destinatários, não queria MESMO fazer asneira. Mas dada a ansiedade que sinto, calculo que não vá corre muito bem...

Por alguma razão escolhi trabalhar nos bastidores destas coisas...

Enjoada...

Não sei se me caiu mal o almoço, se a conversa do almoço...

O Mal de muitas Mulheres a trabalharem juntas...

...São os risinhos...

quarta-feira, julho 20, 2005

The End

Ontem, at last, acabei de ver os últimos episódios dos Friends. Estas coisas sabem sempre a pouco, já se sabe, mas esperava um pouco mais dos últimos episódios desta série que devorei com alguma dose excessiva de fanatismo (coisa pouca...), nos últimos 6 meses.

De destacar a performance hilária de Danny DeVito a fazer de stripper à beira da reforma, vestido de polícia, na despedida de solteira da Phoebe...

Cansaço

Estou farta de ter sonhos marados e passar o dia a pensar no que eles significam...

terça-feira, julho 19, 2005

E de repente dou-me conta que estou a ser um pouco egoísta...

Saudades de andar por casa...

Gosto de andar descalça, de sentir diferentes texturas nos pés. O chão frio da cozinha e o calor da madeira. Gosto de andar assim perdida entre paredes que conheço de cor e esticar um braço indolente para agarrar um livro qualquer na estante do meu quarto. Gosto de ver televisão, virada ao contrário, com as pernas na parede, esquecendo-me do mundo, esquecendo-me de pensar estando imersa em pensamentos. Gosto de ouvir a minha música, baixinho, com o nariz colado ao vidro frio e triste da janela, olhando os passos perdidos que oiço na rua agitada de Campo de Ourique. Gosto de ouvir música aos berros enquanto faço caretas ao espelho e seco o cabelo. Gosto de sair do banho e ficar eternamente de toalha enrolada enquanto as gotas se evaporam lentamente e deixo o cabelo escorrer fios de água pelas minhas costas. Gosto de chegar à noite e ter a minha cama à minha espera, com os lençois brancos e esticados que me devolvem o cheiro que trago tatuado na pele.

Gosto...

De trabalhar quando sei que vou ver o pôr-do-sol em muito boa companhia no Adamastor...

Anima Mundi

A alma colectiva de todos nós. A memória comum, o instinto. De sobrevivência e auto-destruição em simultâneo. O imprevisível do ser humano, o previsível em quem está ao nosso lado. Essa besta amiga que de quando em quando se liberta e nos liberta. Por vezes esquecemo-nos que somos todos animais. Por vezes esquecemo-nos que somos todos iguais.

Como teias de aranha

Acredito que a realidade assenta sobre uma espécie de teias de aranha. Invisíveis, subtis, vão sustendo todo o peso do que acontece. Mas quando nos julgamos seguros, basta um sopro para tudo ruir.

segunda-feira, julho 18, 2005

Writer's block ou a ressaca do FDS

Apetece-me escrever, mas não sei o quê...
Podia falar sobre o fds (despedida de solteira, festa 90's revival, lux...), mas não me apetece...

Acho que é a apatia de 2ª feira.

sexta-feira, julho 15, 2005

Quem arrisca... Quase Petisca

Arrisquei aqui, com isto.

O resultado, com a fé que eu tinha, não foi nada mau...

quinta-feira, julho 14, 2005

Amúos

Consta que volta e meia, quando bebo um ou outro copito a mais (coisa rara, diga-se), fico assim dada ao amuo. Sempre achei que, quando sóbria, era bem mais dada a estas coisas de quem nem sempre tem um feitio muito fácil (embora, confessem, a maior parte do tempo, até tenho bom feitio...). Há alguns registos de, quando contrariada, pura e simplesmente me ir embora.

Ora aquilo que por muitos é visto como um acto de mero amúo, é, deixem-me dizer-vos, um gesto de altruismo da minha parte. A partir do momento em que estou MESMO chateada com as pessoas em questão, tenho uma necessidade quase física de me afastar (tipo: não os posso nem ver). Como tal, opto por partir e deixar os prevaricadores divertirem-se. Quando chego àquele estado fico um pouco, como dizer, insuportável, pelo que, acreditem, é mesmo melhor ir-me embora.

Não podia, é claro, deixar passar em branco aquele que foi o amúo-mor (e não, não fui eu...). Foi este senhor, que uma noite levou demasiado a peito uma inocente chacota sobre oftalmologistas e optometristas, e saiu disparado entrando no primeiro táxi que passou na calçada do Combro. Confesso que na altura achei que era uma partida e que ele voltaria. Mas não, como diria o próprio, era for real.

quarta-feira, julho 13, 2005

1

1 mês de mal com a vida
1 café ao fim da tarde
1 conversa

De novo tudo ok.

I'm too simple.

Reality Check

"Já não és a mesma". Stop.

terça-feira, julho 12, 2005

He's Just Not That Into You

DEMETRIUS
Tempt not too much the hatred of my spirit;
For I am sick when I do look on thee.


HELENA
And I am sick when I look not on you.

(...)
It is not night when I do see your face,
Therefore I think I am not in the night;
Nor doth this wood lack worlds of company;
For you, in my respect, are all the world:
Then how can it be said I am alone
When all the world is here to look on me?


A Midsummer Night's Dream
Wiiliam Shakespeare

Sim, sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobresselente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.

Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.

E ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconsequente,
Como de um sonho formado sobre realidades mistas,
De me ter deixado, a mim, num banco de carro eléctrico,
Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima.

E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua,
Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda,
De haver melhor em mim do que eu.

Sim, ao mesmo tempo, o impressão, um pouco dolorosa,
Como de um acordar sem sonhos para um dia de muitos credores,
De haver falhado tudo como tropeçar no capacho,
De haver embrulhado tudo como a mala sem as escovas,
De haver substituído qualquer coisa a mim algures na vida.

Baste! É a impressão um tanto ou quanto metafísica,
Como o sol pela última vez sobre a janela da casa a abandonar,
E que mais vale ser criança que querer compreender o mundo –
A impressão de pão com manteiga e brinquedos,
De um grande sossego sem Jardins de Prosérpina,
De uma boa vontade para com a vida encostada de testa à janela,
Num ver chover com som lá fora E não as lágrimas mortas de custar a engolir.

Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro,
A quem tinem as campainhas da cabeça
Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.

Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.

Sou eu mesmo, que remédio!...

Álvaro de Campos
06/08/1931

segunda-feira, julho 11, 2005

Um Bom Sábado...

Para não pensarem que a vida são só desgraças:

1. Apanhar sol no Castelo
2. Perder-me a ler William Faulkner na esplanada do CCB
3. Ver a "Linha de Fuga" do Philippe Genty no CCB e maravilhar-me com o génio humano
4. Acabar a noite com gente que adoro e a fazer festas à Maçã, a minha nova "sobrinha" que é linda e brincalhona...

De Pedra

Às vezes é como se estivesse ficado vazia. Não olho, não vejo o que se passa à minha volta. É como se ficasse só comigo. Sinto que me isolo vez mais do mundo, mantendo apenas uma fachada de um sorriso permanente. É como se soubesse que mais dia menos dia vou ficar só e preferisse começar já a habituar-me. Se não posso acorrentar aqueles de quem gosto a mim, prefiro matê-los tão longe quanto possível, para depois não sentir falta.

Nesta estupidez constante, sinto-me às vezes como se lutasse contra mim mesma. E forço-me a manter laços que, a ser sincera, há muito que se desfizeram. É como se ao querer manter tudo normal, levasse a normalidade a um extremo que já não é normal. Parece confuso e é.

Vivo naquele limbo entre o magoar-me e magoar outros de quem gosto verdadeiramente. Mas sinto-me incapaz de suportar qualquer tipo de dor. Aos lesados, peço desculpa.

Pode ser que seja só uma fase.

Saudade

A Infante Santo estava coberta de areia molhada como se uma onda tivesse acabado de passar. Ela e eu estávamos sózinhas. Ouvia-se o troar do mar e sentia o vento frio nos meus cabelos molhados. Sentia que não devia estar ali, mas estava hipnotizada a olhar para ela. Era tão real. Disse-me que fosse atrás dela, que fosse com ela. Olhei para baixo e não via o mar, mas sabia que ele estava lá e, pelo som, estava bravo. Ela percebeu que estava com medo. Riu-se provocante (daquela forma com que eu às vezes também provoco) e estendeu-me a mão. Estava quente em contraste com a minha que estava gelada. Aquela mão que é tão igual à minha. Apertei-a com força e foi como se me apertasse a mim, como se fosse de novo eu. Era tão real aquele toque, tão familiar. Com a outra mão, acariciou-me a cara naquele gesto infinito, ternurento, que era quase animal, instintivo, e de que sinto tanta falta.

Corremos rua abaixo de mão dada. Quando vi o mar, assustei-me um pouco, mas ela estava tão confiante. Apertei a mão com mais força e fechei os olhos. Senti a água fria e revolta e senti que o chão deixara de existir. Engolia água salgada e tinha areia a tapar-me os olhos e o nariz. Entrei em pânico quando senti que já não segurava a mão dela.

Então acordei, encharcada em suor e gelada. Com um frio que vinha de dentro e nem o calor que os primeiros raios de sol traziam ao quarto me aqueceram. Não voltei a adormecer. Não valia a pena.

sexta-feira, julho 08, 2005

Adeus Wanderlei

Era filho único e talvez por isso um pouco mimado. Um jovem inconsciente, mas batalhador. Sózinho, fez muitas vezes o serviço que atribuiam a um batalhão. Era um dos bons. Claro que, com alguma regularidade, diga-se em abono da verdade (que eu nunca fui apologista de idolatrar os que já não estão entre nós), perdeu-se no grande vácuo em que vivia. Mas regressou sempre a tempo de me dar apoio nos momentos mais difíceis. Se algum dia convenci o Mundo de que detinha uma grande colónia de neurónios, a ele tudo devo. Era um individualista, claro. Mas sempre se fascinou por aqueles que viviam em comunidade. Por causa dele sempre me aproximei dos mais inteligentes. Acho que ele também sempre quis a sua companhia. Nunca lhe pude dar um irmão. Mais por incapacidade do que por falta de vontade.

Perdoa-me, Wanderlei.

Hoje às 18h41m o Wanderlei expirou pela última vez, as próximas horas vão ser difíceis. Para mim e para os que de mim se aproximarem. Não consigo pensar no futuro.

Requiem ao meu neurónio.

quinta-feira, julho 07, 2005

Pensamento-Chave

Quero uma cama, tenho sono...

A propósito de astros

Resolvi ir ver o meu horóscopo para hoje:

Hoje poderá descobrir um segredo acerca de alguém. Respeite a privacidade dessa pessoa e não o divulgue.

Vá, tou à espera... Alguém tem de se descoser...

Caminho

Ontem, na Almedina aqui do Atrium, abri ao acaso um livro de Camilo Pessanha neste poema:

Caminho

Tenho sonhos cruéis; n'alma doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente...

Saudades desta dor que em vão procuro
Do peito afugentar bem rudemente,
Devendo, ao desmaiar sobre o poente,
Cobrir-me o coração dum véu escuro!...

Porque a dor, esta falta d'harmonia,
Toda a luz desgrenhada que alumia
As almas doidamente, o céu d'agora,

Sem ela o coração é quase nada:
Um sol onde expirasse a madrugada,
Porque é só madrugada quando chora.

Camilo Pessanha

Estava nos astros, parece-me...

quarta-feira, julho 06, 2005

Delírio ao telefone

Hoje a fazer follow-ups com rádios regionais do Norte, acabei por ficar a ouvir a emissão de um programa...

O senhor do dito preograma tinha uma voz nazalada e anunciava a próxima:

"ficamos agora com (um nome de uma brasileira qualquer) com "quero fazer amor com você", uma dedicatória da Beatriz, para o João e a Ana que faz hoje um ano que namoram"

Foi a primeira vez que assisti, live, a um pedido de ménage...

É o último...

Teste que respondo e este é mesmo só por vir de onde vem...


1)Que horas são?
18h21

2)Quantidade de velas no último bolo de aniversário?
24

3)Furos nas orelhas?
3, em tempos já foram 4 mas deixei fechar um. Sou alérgica a todo o metal menos nobre que me toque o lóbulo. Por isso, mais dia menos dia, deixo fechar mais um...

4)Tatuagens?
mmmmm... Já tive tudo marcado para fazer uma... Foi uma altura mesmo má e achei que fazer uma coisa que me doesse e ficasse como cicatriz desses tempos era uma boa ideia... Claro que sou demasiado medricas e baldei-me...

5)Piercings?
Não gosto... Fica-se sempre com um ar um pouco mais ordinário - tirando raras e honrosas excepções...

6)Já foi à África?
Já. Já andei de Jipe pelo Sahara. Amei. Vou voltar.

7)Já ficou bêbado?
Jamais...

8)Já chorou por alguém?
Já. Mas tenho sempre o condão de chorar por quem não interessa. Quando interessa mesmo fico apática, não choro.

9)Já esteve envolvido em algum acidente de carro?
mmmm... Acidente, acidente, não. Já bati 2 vezes - com tanta sorte que a primeira foi com o dono de uma casa de alterne e a segunda com uma carrinha da escola (imaginem a gritaria...)

10)Peixe ou carne?
Bacalhau

11)Música preferida?
Sei lá... Tantas... Agora, pode ser "great heights" dos The Postal Service

12)Cerveja ou Champanhe?
Nenhum, não gosto de coisas com picos (só agua das pedras e ginger ale)

13)Metade cheio ou metade vazio?
Sempre cheio, parece doença

14)Lençóis de cama lisos ou estampados?
Lisos, de linho, muito esticadinhos e a cheirar a alfazema

15)Caneta ou Lápis?
Caneta

16)Programa de tv?
Agora Escolha

17)Filme preferido?
mmmmmm sei lá,

18)Está ouvindo alguma música agora?
Lonely, lonely de Feist

19)Flor(es)?
Violetas, a minha avó é uma expert

20)Qual o amigo mais distante que tem?
Tenho sorte - está no Porto

21)O melhor amigo?
Um gang

22)Hora de dormir?
Não tenho disso desde o 7º ano

23)Quantas vezes você deixa tocar o telefone antes de atender?
Só o tempo do agarrar... E fico VERDE quando não me atendem...

24)Qual a figura do seu mouse-pad?
não uso disso

25)Cd preferido?De todos os tempos?
Opá sei lá...

26)Mulher bonita?
Audrey Hepburn

27)Homem bonito?
Paul Newman

28)Pior sentimento do mundo?
Desilusão

29)Melhor sentimento do mundo?
Dormir em paz

30)O que uma pessoa não pode ter para ficar com você?
Ser pior que eu

31)O primeiro pensamento que você tem ao acordar?
Já??!!!

32)Se pudesse ser outra pessoa,quem seria?
Hemingway - fez tudo o que eu gostaria de fazer, mas não tenho coragem...

33)O que é que você tem debaixo da cama?
Uma gaveta.

34)Uma frase.
I do not want to foresee the future. I am concerned with taking care of the present. God has given me no control over the moment following - Ghandi

Oca

Descobri que sou uma mina de informações inúteis...

Tudo porque disse que Taifun era o nome de código do arranque das tropas alemãs para conquistar Moscovo...

terça-feira, julho 05, 2005

Fear vs Love

Há coisa de uns dias escrevi isto, num dos muitos caderninhos que não me abandonam:

Acção/Reacção

É como se fosse um vício. Gosto de pensar que é, pois isso desresponsabiliza-me. Sei que é inconsciente, irracional. Mas é real. Refugio-me naquele tipo de sentimentos que obrigam a reagir e me afastam da acção. Escondo-me em forças que me obrigam a ser irracional. E desculpo-me assim por não ser racional, coerente. Desculpo-me assim por muitas vezes não fazer o que devia...


memo to me: não escrever com os copos, caligrafia muito má...

Ontem fui ver o "Donnie Darko":

Acho que entre o Medo e o Amor há apenas uma súbtil diferença. O primeiro obriga-nos a reagir. O segundo a agir. Mas ambos são formas de nos sentirmos vivos.

Estas coisas só me acontecem a mim

Estava já atrasada para o trabalho. Esperava o Metro a ler o Metro (e vejo mal, pelo que franzia os olhos com certeza...), quando se aproxima um senhor de idade (velhote mesmo), com poucos cabelos e ainda menos dentes.

- A menina, desculpe, mas tem os olhos iguaizinhos aos da minha mulher... Os dela também eram assim, escurinhos e tristes.

Fiz um sorriso amarelo e agradeci a Deus o comboio estar a chegar. Mas apetecia-me berrar "olhos tristes tem a tua vóvózinha"...

Passa a outro e não ao mesmo

A pedido dele:

The rules are: list five songs that you are currently digging. It doesn't matter what genre they are from, whether they have words or even if they're any good but they must be songs you're really enjoying right now. Post these instructions, the artist and the song in your blog along with your five songs. Then tag five other people to see what they're listening to.

1. INXS - Never tear us apart ( por causa do Donnie Darko...)
2. Joy Division - Love will tear us apart
3. Pulp - Babies
4. The Postal Service - Great Heights
5. Feist - That’s what I say, it’s not what I mean

agora é a vez do:
. ela
. eles
. achava graça saber o dele
. desde que não seja Laura Pausini...
. ele ainda não respondeu...

segunda-feira, julho 04, 2005

Last Post about me (que isto está a ficar demasiado egocêntrico...)

(re) Descobri o prazer de andar a pé pelas ruas de Lisboa há pouco mais de 15 dias. Primeiro foi uma questão de necessidade (é impossível estacionar o carro na 5 de Outubro e tinha de andar até ao metro...), mas agora é mesmo um prazer... Nada como sair o escritório e misturar-me nas ruas que me levam até Campo de Ourique. Já nem vou de metro (é ridículo, são só duas paragens...).

Ora, na passada sexta-feira, ia eu disfrutando dos raios de sol que ainda incidam sobre a minha mui bela cidade, quando na rádio (sim, gosto de andar a ouvir rádio...) começa a dar uma música que eu simplesmente ADORO. Cantarolava eu, sempre afinada,

"They will see us waving from such great
Heights, 'come down now,' they'll say
But everything looks perfect from far away,
'come down now,' but we'll stay..."

quando tropeço e dou uma daquelas quedas que ficam para a história. Tirando o orgulho, não me magoei por aí além (SÓ a mão direita é que ficou semi-desfeita...). Mas o que assustou foi passar de um momento de felicidade extrema (sol na cara, ouvir The Postal Service, fim-de-semana à porta), para a concretização de uma daquelas coisas que tememos - sim, um espalho numa das artérias mais movimentadas da cidade, em hora de ponta, é daquelas coisas que todos tememos...

Mais, como se quisesse testar os limites da minha paciência, Deus pôs ainda no meu caminho uma senhora que a medo tentava atravessar a rua no Rato. Eu, temendo que me acontecesse outra, desta vez mais grave, resolvi dar uma de boazinha e lá ajudei a senhora, que até era amorosa e ficou toda sensibilizada com o meu gesto, mas que não sabia muito bem de que lado queria apanhar o 9 e me obrigou a dar a volta ao Rato com ela pelo braço...

Confesso que foi com medo que sai de casa umas horas mais tarde para ir para o Bairro Alto. Temia o que poderia acontecer pelo percurso (se de dia foi a festa que foi, de noite ainda era violada...). Mas não, correu tudo bem, pelo que concluo que posso continuar a andar por Lisboa. Desde que vá olhando para o chão...

The one thing i still love about me

Ser capaz de me rir que nem uma louca em qualquer situação...

10 things I hate about me

1 - A falta de paciência

2 - Ser desafinada a cantar aos berros (seja no banho, no carro ou no karaoke...)

3 - Nunca me lembrar do nome dos autores dos livros de que gostei menos

4 - Esquecer-me das coisas más que me fazem ( e depois voltam a fazê-las)

5 - A mania de ter sempre razão

6 - A mania de duvidar que tenho sempre razão (é que tenho mesmo sempre razão...)

7 - Ser 8 ou 80 (há poucas coisas a que seja indiferente, seja a roupa da vizinha do 2º andar, seja o impacto do imposto sobre a relva numa aldeia em Bali)

8 - Pensar de mais sobre as coisas

9 - Perder tempo a pensar sobre as coisas e depois fazer o oposto daquilo que pensei fazer (no último minuto, é go with the flow...)

10 - Acreditar que o Mundo tem de gostar de mim (e ficar desiludida sempre que isso não acontece...)

sexta-feira, julho 01, 2005

Coerência

Depois do sonho que me levou de novo para aquele tempo, de manhã percorri de novo aquela rua. Desci sozinha a calçada que costumava subir acompanhada. Pisei de novo as folhas mortas largadas pelas árvores que se escondem por detrás dos muros do cemitério. Passei junto à porta que foi minha e que hoje estava vazia. Senti o cheiro de um Tempo que já foi, que não volta, mas que vive ainda, em cada segundo de mim...

PS- Se conhecerem o nome de alguma bomba que faça com que durma sem sonhar agradeço que deixem o nome no blá-blá-blá. O meu subconsciente anda a deixar o meu consciente à beira da loucura...

 
FREE hit counter and Internet traffic statistics from freestats.com